Bombardeios russos deixam três mortos na Ucrânia

15 ago 2023
Fique por dentro de todas as notícias pelo nosso grupo do WhatsApp!

Ao menos três pessoas morreram em uma nova onda de bombardeios russos nesta terça terça-feira (15) contra oito regiões da Ucrânia, no momento em que Moscou acredita que os recursos do Exército de Kiev estão "quase esgotados".

O Exército ucraniano afirmou em um comunicado que durante a madrugada "os ocupantes russos atacaram com pelo menos 28 mísseis" e que 16 foram derrubados pelas forças de Kiev.

O primeiro-ministro Denys Shmigal informou que os bombardeios danificaram "construções em oito regiões" e lamentou os "feridos e mortos".

Os ataques atingiram, entre outras, as cidades de Lviv e Lutsk, na região oeste da Ucrânia, muito longe da frente de batalha.

Em Lutsk, a menos de 100 quilômetros da fronteira com a Polônia, um ataque atingiu uma indústria, informou Yuriy Poguliaiko, governador da região de Volinoa.

"Segundo as primeiras informações, infelizmente, três pessoas morreram e três ficaram feridas no ataque", afirmou o prefeito da cidade, Igor Polishchuk.

Outro ataque foi registrado em Lviv, a grande cidade do oeste da Ucrânia, que fica 150 km ao sudoeste de Lutsk. O bombardeio atingiu prédios residenciais, informou o prefeito Andriy Sadovyi.

- "Não resta nenhum lugar seguro" -

Um míssil caiu no pátio de um jardim de infância, o que provocou um grande buraco, constaram correspondentes da AFP.

A explosão quebrou as janelas da casa vizinha. A proprietária da residência, a aposentada Olga Bura, de 64 anos, lamentou: "Não resta nenhum lugar seguro na Ucrânia".

Após um ano e meio de guerra, a Rússia nega ser responsável pelas vítimas civis e insiste que seus bombardeios apontam apenas para alvos legítimos.

O governo russo afirmou nesta terça-feira acreditar que os recursos do Exército ucraniano estão "quase esgotados", apesar do apoio dos Estados Unidos e da União Europeia.

Kiev "não consegue resultados" em sua contraofensiva iniciada em junho, afirmou o ministro russo da Defesa, Serguei Shoigu.

O ministro afirmou que a campanha militar na Ucrânia, iniciada em 25 fevereiro de 2022, se mostrou um "teste sério" para o Exército russo, mas que o país conseguiu aumentar "significativamente" sua produção de veículos blindados.

A Ucrânia reivindicou na segunda-feira pequenos avanços no sul e leste do país, nos arredores da cidade de Bakhmut.

As tropas de Kiev, no entanto, enfrentam mais dificuldades no norte, perto de Kupiansk. A vice-ministra ucraniana da Defesa, Ganna Maliar, admitiu na segunda-feira que a situação impediu "concentrar as forças na ofensiva no setor de Bakhmut".

"As tropas ucranianas continuam impedindo a ofensiva russa na direção de Kupiansk e Lyman", disse o porta-voz do Exército, Andréi Kovalev.

- Desvalorização do rublo -

Na área econômica, a Rússia repete que resiste às sanções econômicas impostas pelos países ocidentais desde o início da invasão.

Mas nas últimas semanas, o rublo, a moeda local, registrou forte desvalorização, entre outros motivos pelas consequências das restrições às vendas de petróleo.

Na segunda-feira, a cotação da moeda caiu a 100 rublos por dólar, o menor valor desde março de 2022. Desde o início do ano, a divisa russa registra desvalorização de 30% em relação à moeda americana.

O Banco Central da Rússia decidiu nesta terça-feira, de maneira surpreendente, elevar a taxa de juros oficial de 8,5% a 12%, após um longo período de hesitação diante da queda da moeda e do aumento da inflação.

A medida pretende frear o aumento dos preços ao consumidor e a queda do poder aquisitivo dos russos.

Em caso de aceleração do índice de inflação, o BC russo não descarta um novo aumento da taxa de juros, de acordo com uma nota divulgada pelas agências de notícias do país.


FONTE: Estado de Minas


VEJA TAMBÉM
FIQUE CONECTADO