Brasil pede a Israel abertura de corredor humanitário em Gaza
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone nesta quinta-feira (12) com seu contraparte israelense, Isaac Herzog, e pediu a abertura de um corredor humanitário para a evacuação de civis em Gaza.
"Conversei agora há pouco por telefone com o presidente de Israel, Isaac Herzog. (...) Transmiti meu apelo por um corredor humanitário para que as pessoas que queiram sair da Faixa de Gaza pelo Egito tenham segurança", disse Lula em sua conta na rede social X, antigo Twitter.
Cerca de 20 brasileiros, na maioria mulheres e crianças, estão na Faixa de Gaza e pediram ao governo brasileiro assistência para serem evacuados. Parte deles aguarda em uma escola, de acordo com o Itamaraty.
O Brasil já contratou veículos para a saída desses cidadãos por via terrestre até o Egito e intensificou o contato com autoridades do país nesta quinta-feira.
No entanto, os bombardeios israelenses na região fronteiriça de Gaza com o Egito inviabilizaram uma saída segura, explicaram fontes do Palácio do Planalto à AFP.
Lula afirmou que reiterou "a condenação brasileira aos ataques terroristas" e "nossa solidariedade com os familiares das vítimas".
"Solicitei ao presidente todas as iniciativas possíveis para que não falte água, luz e remédios em hospitais. Não é possível que os inocentes sejam vítimas da insanidade daqueles que querem a guerra", acrescentou Lula.
Na quarta-feira, Lula, que assumiu em outubro a presidência do Conselho de Segurança da ONU, pediu a união de forças com o secretário-geral da ONU, António Guterres, e a comunidade internacional para encerrar o conflito.
O Brasil convocou uma reunião do Conselho de Segurança para esta sexta-feira em Nova York, onde o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, participará e está previsto discutir "a situação humanitária na Faixa de Gaza, as ameaças à segurança e à paz mundial e os desdobramentos do conflito no Oriente Médio".
Lula disse a Herzog que o Brasil "está à disposição para tentar encontrar um caminho para a paz".
FONTE: Estado de Minas