Candidato pró-China vence eleições presidenciais nas Maldivas

30 set 2023
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Um candidato pró-China venceu, neste sábado (30), as eleições presidenciais nas Maldivas e prometeu reduzir a dependência do arquipélago em relação à Índia para privilegiar os vínculos com Pequim.

Mohamed Muizzu, um engenheiro civil de 45 anos, que é prefeito da capital, Malé, obteve 54% dos votos sobre o presidente em fim de mandato Ibrahim Mohamed Solih, aliado da Índia.

Muizzu tinha vencido o primeiro turno, com 46% dos votos, com uma vantagem de 15.000 sobre o adversário.

O arquipélago das Maldivas, formado por 1.192 ilhas espalhadas por quase 800 quilômetros no Oceano Índico, é um local de destaque para o turismo de luxo e um destino cobiçado por celebridades e milionários de todo o planeta.

O país está localizado em uma posição estratégica no Oceano Índico, em uma das rotas marítimas de maior tráfego do mundo.

O partido de Muizzu defende a aproximação da China e que o país integre o plano de infraestrutura Nova Rota da Seda, adotado por Pequim como parte de sua política externa.

O mentor do candidato, o ex-presidente Abdullah Yameen, solicitou grandes empréstimos à China e relegou a Índia, tradicional benfeitora deste arquipélago, ao segundo plano.

Solih, de 61 anos, foi eleito em 2018, aproveitando o descontentamento com a política cada vez mais autoritária de Yameen. Ele acusou o ex-presidente de empurrar o país para uma armadilha por aceitar a China como credor.

Mas a política de Solih de aproximação com a Índia também é controversa e muitos habitantes do país questionam a influência política e econômica de Nova Délhi.

Solih e Muizzu votaram em seções eleitorais em Malé. Os dois se disseram confiantes na vitória. A votação terminou às 17h locais (09h de Brasília).

"Havia longas filas antes da abertura das urnas", disse um funcionário à AFP.

O organismo de supervisão Transparency Maldives reportou alguns incidentes de "violência eleitoral", sem dar detalhes.

A polícia informou ter detido 14 pessoas por violar as normas eleitorais.


FONTE: Estado de Minas


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