Confronto entre forças sírias e combatentes curdos deixa 25 mortos
Um confronto de dois dias entre combatentes leais ao governo da Síria e forças curdas deixou 25 mortos no leste do país, após um grupo de homens armados se infiltrar em uma aldeia, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) nesta terça-feira (26).
As Forças Democráticas da Síria (SDF, na sigla em inglês), uma coalizão de milícias lideradas por curdos e apoiadas pelos Estados Unidos disseram que expulsaram "homens armados do regime que se infiltraram na área de Diban", na província de Deir Ezor.
No início do mês, um conflito entre as SDF e as milícias locais, nesta mesma região, deixou cerca de 90 mortos ao longo de 10 dias de confrontos.
O OSDH, que tem sede no Reino Unido mas conta com uma rede de informantes na Síria, comunicou nesta terça-feira que 21 combatentes do governo sírio, três membros das SDF e um civil foram mortos neste último confronto.
A ONG também informou que as hostilidades começaram depois que um grupo de combatentes leais ao governo cruzou o rio Eufrates, que separa a área controlada pelo presidente Bashar al-Assad dos territórios rebeldes na província de Deir Ezor.
No final de agosto, a prisão de uma autoridade militar árabe local, por parte das SDF, levou a dezenas de mortes no início de setembro.
A ONU já havia alertado sobre os "indícios de uma maior fragmentação do conflito" na Síria, mas as Forças Democráticas do país argumentaram que se tratava de uma disputa local e que não possuía relação entre seu efetivo e as comunidades árabes que habitam as áreas sob o seu controle.
Após o incidente, os EUA, que possuem centenas de militares destacados em Deir Ezor em sua luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico, mobilizou mediadores para tentar evitar um conflito entre as SDF e os líderes árabes destas comunidades.
O conflito na Síria começou em 2011, quando o governo reprimiu uma onda de protestos pacíficos e deixou mais de meio milhão de mortos.
FONTE: Estado de Minas