Conselho de Segurança da ONU rejeita resolução de condenação ao conflito Israel-Hamas

18 out 2023
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Com o veto dos Estados Unidos, o Conselho de Segurança da ONU rejeitou, nesta quarta-feira (18), um projeto de resolução proposto pelo Brasil sobre o conflito israelense-palestino, que condenava expressamente os "odiosos ataques terroristas" do grupo Hamas, mas não reconhecia o direito de Israel de se defender, como exigia Washington.

A resolução, proposta pelo Brasil, atual presidente do Conselho de Segurança, obteve 12 votos a favor, um voto contra dos Estados Unidos (um dos cinco membros permanentes com poder de veto) e duas abstenções, incluindo a Rússia.

É a segunda vez em uma semana que a ONU falha em sua tentativa de aprovar uma resolução sobre o conflito.

Sujeito a alterações de última hora após o bombardeio de um hospital na Faixa de Gaza que deixou centenas de mortos, e pelo qual as partes em conflito se acusam mutuamente, o texto "enfatizava" que "os civis em Israel e no território palestino ocupado, incluindo Jerusalém Oriental, devem ser protegidos, de acordo com a legislação internacional".

A embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, disse que seu país está "decepcionado", porque a resolução "não menciona os direitos de autodefesa de Israel".

"Como todas as nações do mundo, Israel tem o direito inerente de autodefesa, conforme refletido no Artigo 51 da Carta da ONU", afirmou.

Na segunda-feira (16), o Conselho de Segurança rejeitou uma resolução proposta pela Rússia que condenava a escalada da violência no Oriente Médio e se recusava a endossar um texto que não mencionava o Hamas por seu ataque surpresa a Israel.

Nesta quarta, a Rússia apresentou duas emendas no texto proposto pelo Brasil, para introduzir um "apelo sem ambiguidade para parar os ataques indiscriminados contra alvos civis na Faixa de Gaza".

Desde 7 de outubro, após os ataques mortais do Hamas que deixaram mais de 1.400 mortos, a maioria deles civis, e quase 200 reféns, Israel cortou o fornecimento de água e eletricidade na isolada Faixa de Gaza e alertou mais de um milhão de pessoas para abandonarem o norte do enclave densamente povoado de mais de dois milhões de habitantes.


FONTE: Estado de Minas


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