EUA adverte Hezbollah para não abrir novo front contra Israel
O movimento pró-iraniano libanês Hezbollah não deveria tomar a "decisão errada" de abrir um segundo front contra Israel, após o ataque do movimento islâmico palestino Hamas, advertiu nesta segunda-feira (9) um alto funcionário de defesa dos Estados Unidos.
"Estamos profundamente preocupados de que o Hezbollah tome uma decisão errada e opte por abrir um segundo front neste conflito", que começou no sábado com um ataque maciço lançado pelo Hamas a partir da Faixa de Gaza, disse o funcionário aos jornalistas.
A ordem de deslocar o grupo aeronaval do porta-aviões "USS Gerald Ford", o maior navio de guerra do mundo, no Mediterrâneo oriental, mostra aos grupos armados apoiados pelo Irã, como o Hezbollah libanês, que não deveriam "duvidar do compromisso dos Estados Unidos em apoiar a defesa de Israel", assegurou a fonte.
O Hezbollah anunciou que três de seus combatentes morreram nesta segunda-feira, atingidos por ataques israelenses em uma área fronteiriça no sul do Líbano.
O grupo libanês afirmou ter bombardeado, em retaliação, dois quartéis israelenses. Israel bombardeou essa área depois de anunciar que havia matado "vários suspeitos armados" que se infiltraram em seu território a partir do sul do Líbano. Essas infiltrações foram reivindicadas pela Jihad Islâmica palestina, que afirma apoiar o Hamas em sua ofensiva.
Mais de 800 pessoas morreram no lado israelense e 687 na Faixa de Gaza desde o ataque do Hamas no sábado, de acordo com fontes oficiais.
Em Washington, o funcionário dos Estados Unidos considerou que os ataques do Hamas estão "no mesmo nível de barbárie" que os do grupo jihadista Estado Islâmico (EI). A última guerra entre o Hezbollah e Israel ocorreu em 2006 e deixou mais de 1.200 mortos no lado libanês, a maioria civis, e 160 no lado israelense, quase todos militares.
FONTE: Estado de Minas