Ex-chefe da F1 Bernie Ecclestone é condenado por fraude fiscal, mas se salva da prisão
O ex-chefe da Fórmula 1 Bernie Ecclestone foi condenado, nesta quinta-feira (12), a 17 meses de prisão sob sursis por fraude fiscal, uma pena que evitará sua entrada na prisão, a menos que receba uma nova condenação nos próximos dos anos.
Eccleston, de 92 anos, recebeu a condenação pouco depois de se declarar culpado em um tribunal de Londres por sonegar 400 milhões de libras esterlinas (R$ 2,4 bilhões na cotação atual) em bens em Singapura entre 2013 e 2016.
A sentença também o obriga a pagar uma multa de 652 milhões de libras (R$ 4,04 bilhões) para pôr fim a seu litígio com o fisco e evitar um julgamento que deveria começar no dia 16 de novembro. A condenação, no entanto, se mantém.
Segundo o promotor Richar Wright, Ecclestone, que foi chefe da F1 durante quase 40 anos, até janeiro de 2017, deu uma resposta "falta ou enganosa" ao afirmar que não possuía bens não declarados, seja no Reino Unido ou no exterior. "Agora ele admite que deve pagar impostos".
A justiça britânica o acusou deste crime após uma investigação do fisco definida como "complexa e internacional".
A advogada de Ecclestone, Christine Montgomery, declarou esta quinta-feira em tribunal que seu cliente "lamenta profundamente os acontecimentos que motivaram este processo criminal".
Mas esta não é sua primeira vez com problemas com a justiça. Em 2014, ele conseguiu paralisar um processo na Alemanha por corrupção, depois de pagar US$ 100 milhões (R$ 504,9 milhões).
Ecclestone deixou a chefia da F1 depois de ter sido demitido pelo novo dono dos direitos comerciais da categoria, o grupo americano Liberty Media.
Piloto no final da década de 1950 e mais tarde chefe da equipe Brabham, o empresário britânico, cuja fortuna é estimada pela revista Forbes em mais de 2,5 bilhões de libras (R$ 15,5 bilhões), foi considerado o idealizador da transformação da F1, que sob sua administração se transformou em uma atividade muito lucrativa.
No final da década de 1970 foi um dos pioneiros na comercialização de direitos de transmissão de televisão de competições desportivas.
FONTE: Estado de Minas