Ex-policial britânico condenado à prisão perpétua por extorsão sexual de menores
A Justiça britânica condenou, nesta quarta-feira (25), um ex-agente da polícia à prisão perpétua, pela qual terá de cumprir pelo menos doze anos de prisão, por extorsão sexual de mais de 200 menores.
Na rede social Snapchat, Lewis Edward se apresentava como um adolescente de 14 anos.
Depois de ter conquistado a confiança de muitas meninas menores de idade, pediu a 210 delas, com idades entre 10 e 16 anos, que lhe enviassem imagens pornográficas, que ele gravava em segredo.
O ex-policial, de 24 anos, chantageou muitas de suas vítimas, ameaçando contar tudo às suas famílias, e obrigava as menores a lhe enviarem mais imagens. Ele ameaçou colocar explosivos na casa de uma jovem e matar seus pais se ela não continuasse a enviar os vídeos.
No julgamento realizado em Cardiff (País de Gales), foram ouvidos depoimentos de algumas jovens que pensaram em suicídio, sofreram de depressão e que se automutilavam.
"Achei que estava conversando com um garoto legal que me amava e me fazia sentir bem", disse uma das jovens. "Eu disse a ele que não queria enviar mais imagens e ele me chantageou, ameaçando a mim e à minha família. Fiquei apavorada", contou.
Este caso junta-se a uma sucessão de escândalos que envolvem agentes policiais do Reino Unido, incluindo o sequestro, estupro e assassinato de uma jovem, em 2021, por um policial em Londres, que foi condenado à prisão perpétua.
Neste último caso de extorsão de menores, Lewis Edward ingressou na polícia do País de Gales em 2021, antes de deixar o emprego. O homem condenado se declarou culpado de 138 crimes sexuais contra menores e 22 acusações de chantagem.
A investigação apurou que ele esteve em contato com suas vítimas em 30 ocasiões durante seu horário de serviço.
Ao proferir a sentença, a juíza Tracey Lloyd-Clarke destacou que "não há dúvida de que causou danos consideráveis" à instituição, e sublinhou que foi a polícia para a qual ele trabalhava que realizou a investigação e levou o acusado à Justiça.
FONTE: Estado de Minas