Finlândia suspeita de ação externa em vazamento de gasoduto na Estônia
A Finlândia anunciou, nesta terça-feira (10), que suspeita que houve intervenção externa por trás do vazamento no gasoduto que abastece o país a partir da Estônia e disse ter recebido apoio da Otan na investigação.
As operações do gasoduto que fornece gás para a Finlândia a partir da Estônia foram interrompidas no domingo devido a um vazamento que deixou inoperante a última tubulação que alimentava o país nórdico após a interrupção das importações de gás russo.
O instituto sismológico norueguês Norsar informou, nesta terça-feira (10), que detectou uma "possível explosão" durante a madrugada de domingo na área do Mar Báltico onde o gasoduto está danificado.
"O Norsar detectou uma possível explosão ao largo da costa finlandesa do Mar Báltico às 01h20 GMT de 8 de outubro (22h20 de 7 de outubro em Brasília)", relatou este instituto independente de pesquisa sismológica em seu site.
O presidente finlandês, Sauli Niinistö, afirmou, nesta terça-feira, que "é provável que os danos causados no gasoduto e no cabo de telecomunicações sejam resultado de atividade externa".
O motivo deste vazamento ainda não está claro e "a investigação continua, em cooperação entre Finlândia e Estônia", acrescentou.
O diretor do Escritório Nacional de Investigação, Timo Kilpelainen, informou que "não há indícios de que explosivos tenham sido usados no incidente".
Na Estônia, o ministro da Defesa, Hanno Pevkur, informou nesta terça-feira que o cabo de telecomunicações que acompanha o gasoduto foi danificado nas águas deste país báltico.
Geograficamente, os dois elementos danificados "estão localizados em lugares muito diferentes, embora o horário (dos incidentes) tenha sido muito próximo", afirmou o ministro estoniano.
Tanto o presidente finlandês quanto o secretário-geral da Aliança, Jens Stoltenberg, afirmaram que estão em contato para trocar informações.
"A Otan compartilha informações e está disposta a apoiar os aliados afetados", disse Stoltenberg na rede social X, antigo Twitter.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, condenou "qualquer destruição de infraestrutura essencial".
A Gasgrid, administradora do gasoduto "Balticconnector", declarou nesta terça-feira que está em condições de elaborar um plano de reparo e um cronograma de trabalho para corrigir o problema.
A Rússia interrompeu o fornecimento de gás natural para a Finlândia por um gasoduto depois que o país nórdico se recusou a pagar em rublos.
Este vazamento ocorre um ano após o sabotagem do gasoduto Nord Stream, que transportava gás natural da Rússia para a Alemanha, cuja origem continua sendo um mistério.
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FONTE: Estado de Minas