Homem é preso na França por supostamente sequestrar sua esposa desde 2011
As forças de segurança encontraram nesta segunda-feira (7) uma mulher de 53 anos que afirma ter sido sequestrada desde 2011, no nordeste da França, e prenderam seu marido de 55 anos, embora os primeiros elementos encontrados retirem o "cenário aterrorizante" divulgado anteriormente.
"O cursor [da investigação] se desloca possivelmente de um cenário aterrorizante a condições insatisfatórias de atendimento de uma doença", disse o procurador de Sarreguemines (nordeste), Olivier Glady, em uma coletiva de imprensa.
Fontes policiais afirmaram nesta manhã que a mulher foi encontrada em um quarto com grades na cidade de Forbach, perto da fronteira com a Alemanha, e estava nua e desnutrida, tinha a cabeça raspada e apresentava fraturas.
No entanto, após exames médicos preliminares, a mulher não apresentou "nenhuma fratura" ou "estado de desidratação significativo", acrescentou Glady, garantindo que o marido informou que ela tinha câncer.
De acordo com o Ministério Público, a "semi-nudez" da esposa pode estar relacionada ao momento da prisão do homem, que foi detido na manhã de segunda e continuará sob custódia até quarta-feira (9) por suposto sequestro, estupro com agravante e atos de tortura e barbárie". O casal teria nacionalidade alemã.
O promotor também desmentiu informações sobre a existência de uma cama para tortura no local. Já as grades encontradas buscariam "impedir" a fuga dos dez gatos que viviam com o casal, acrescentou.
O Ministério Público também negou que o homem "teria anotado seus atos e os momentos em que alimentava a vítima", como havia informado a rádio RMC.
As forças de segurança chegaram à casa após a mulher ter acionado a associação alemã de proteção às vítimas, que informou a polícia de Wiesbaden (leste da Alemanha), confirmou esta à AFP, que notificou policiais franceses.
"Eu nunca vi a mulher. Pra mim, ela nunca saiu de casa", disse Alicia, uma vizinha, a jornalistas, acrescentando que o marido dizia "a todos do prédio" que ela tinha "câncer".
FONTE: Estado de Minas