Honduras extradita chefe do narcotráfico para os EUA
Honduras extraditou, nesta terça-feira (24), para os Estados Unidos o narcotraficante Erasmo Ávila, chegando a 38 o número de criminosos entregues a esse país desde 2014, sendo o de maior relevância o ex-presidente Orlando Hernández, acusado de conspirar para introduzir 500 toneladas de cocaína na América do Norte.
Ávila, de 47 anos, conhecido como "O monstro", era requerido pela Corte do Distrito Leste do estado da Virgínia (leste), confirmou a jornalistas o chefe do Comando das Forças Especiais Cobra da Polícia, comissário Julio Romero.
Em meio a uma operação de segurança, o hondurenho foi levado ao aeroporto de Palmerola, a aproximadamente 50 km ao norte de Tegucigalpa, onde uma aeronave o esperava com agentes da agência antidrogas dos Estados Unidos (DEA).
Ávila, preso em 16 de agosto, é o acusado por narcotráfico "número 38 que se entrega" aos Estados Unidos desde que se estabeleceram as medidas de extradição em 2014, explicou o porta-voz policial, Edgardo Barahona.
Segundo o ministro de Segurança, Gustavo Sánchez, 25 acusados de narcotráfico requeridos em extradição pelos Estados Unidos seguem fugitivos, um deles é o ex-jogador de futebol hondurenho Oscar 'el Pescado' Bonilla, suposto membro de um cartel.
Por sua vez, Hernández, que governou Honduras em dois mandatos de 2014 a 2022, foi extraditado em abril de 2022 para Nova York, acusado de enviar 500 toneladas de cocaína para os Estados Unidos, entre 2004 e 2022.
O ex-presidente, de 55 anos, corre o risco de ser condenado à prisão perpétua, como ocorreu com seu irmão, Tony, em março de 2021.
Desde a década de 1970, Honduras tem sido ponte da cocaína enviada pelos cartéis da América do Sul para os Estados Unidos, mas, desde 2017, as autoridades começaram a apreender pequenas plantações de coca.
FONTE: Estado de Minas