Inflação nos EUA se mantém ‘alta demais’, diz presidente do Fed

19 out 2023
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A inflação nos Estados Unidos se mantém alta demais, afirmou, nesta quinta-feira (19), o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Jerome Powell, que não descartou a possibilidade de voltar a elevar as taxas básicas de juros no país.

"A inflação se mantém alta demais e alguns poucos meses de dados positivos são apenas o começo do que será preciso para gerar confiança de que a inflação está caindo de forma sustentável rumo à nossa meta", disse Powell.

A inflação geral, medida segundo o indicador preferido pelo Fed, caiu para mais da metade desde que alcançou seu ponto máximo em junho do ano passado, mas permanece estagnada acima da meta de longo prazo da instituição, de 2%.

As previsões situam a inflação em 3,3% para este ano, 2,5% em 2024 e 2,2% em 2025.

"Ainda não podemos saber por quanto tempo vão persistir estas leituras mais baixas, ou onde a inflação se estabilizará nos próximos trimestres", acrescentou Powell, ressaltando logo em seguida que o Fed agiria "cuidadosamente" em suas decisões.

O índice de preços ao consumo (IPC) nos Estados Unidos, medido em 12 meses, se manteve em 3,7% em setembro, segundo o Departamento do Trabalho, e o registro mensal deste mês mostrou que a inflação se moderou pela primeira vez desde maio, a 0,4% frente a 0,6% em agosto.

Recentemente, o Fed desacelerou sua campanha agressiva de ajuste monetário, que elevou sua taxa básica de juros a um nível máximo em 22 anos, enquanto busca conter a inflação sem empurrar a economia americana para uma recessão.

Em setembro, o BC americano manteve as taxas de juros inalteradas, conforme a expectativa dos mercados, na faixa de 5,25% a 5,50%.

Os operadores do mercado de futuros estimam em mais de 95% a probabilidade de o Fed manter as taxas de juros estáveis em 1º de novembro, depois de sua próxima reunião, segundo dados do CME Group.

Powell também ressaltou que "as tensões geopolíticas são muito altas e trazem riscos importantes para a atividade econômica mundial" em referência ao conflito armado entre Israel e Hamas, qualificando de "horripilantes" as ações lançadas pelo movimento islamita palestino contra civis israelenses.


FONTE: Estado de Minas


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