Jogadora de vôlei diz que nunca mais irá a Israel

14 out 2023
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“Foram cinco dias aterrorizantes. Não quero passar por isso nunca mais”. As palavras são da levantadora Camila Caroline, de 29 anos, que estava em Israel e retornou ao Brasil, na quinta-feira (12/10), junto com outra jogadora, Thaynã Moraes, de 30 anos, da mesma posição. 

 

Camila, que é mineira de Belo Horizonte, estava em Israel há apenas duas semanas, contratada pelo Maccabi Hod Hasharon, da cidade de Hod Hasharon, que fica próxima a Tel-Aviv. “Era uma grande oportunidade, minha quarta temporada no exterior”. Antes, ela havia jogado na Suécia, pelo Hytle Halmsted; depois em Portugal, defendendo o Braga; e no Peru, pela Universidad San Martin Le Porres.

 

No Brasil, começou a carreira no Mackenzie, junto com Thaynã, que tinha sido contratada pelo Nazaré, cidade de mesmo nome, ao norte de Israel. Em seguida, jogou no São José-SP, Osasco-SP, São Caetano-SP, Itabirito e Lavras.

 

“A cidade onde estava, não foi atacada. No entanto, quando a sirene disparava, a gente tinha de sair correndo para um Bunker. Apesar de não ter caído bombas na cidade onde estava, a gente ouvia o barulho delas explodindo no ar, interceptadas pela bateria antiaérea de Israel”, conta Camila.

 

Segundo ela, os cinco dias que antecederam a saída de Israel foram os piores.  Camila sentia medo de morrer, insegurança e incerteza. “Não queria mais ficar lá”.

 

Foi quando chegou a informação de que deveria ir para um prédio, um ponto de encontro em Tel-Aviv. Lá se encontrou com a amiga Thaynã. “Depois fomos de ônibus para pegar o avião, e finalmente iniciamos a volta para o Brasil”.

 

Estar em casa, segundo ela, é a melhor situação que já esperou na vida. “A melhor coisa da minha vida foi pisar aqui de novo, estar com a família, os amigos. Olha, não quero nem pensar em voltar a Israel”, diz Camila.

 

Os planos, daqui em diante são o de conseguir uma equipe por aqui mesmo e seguir jogando. “Não posso pensar em outra coisa, pois quero muito jogar, mas não com medo e insegurança. Não quero passar por isso nunca mais.”

 

Um detalhe que mais chamou a atenção de Camila, enquanto esteve em Israel, foi a tranquilidade dos judeus. “Para eles, tudo parecia normal. É como se fosse rotina e que tudo passaria rápido. Mas não é assim para mim, para nós brasileiros”.

 

Três jogadoras de vôlei brasileiras estavam em times de Israel. Camila e Thaynã conseguiram retornar, mas uma ficou para trás, a ponteira Infrid Félix, que já jogou no Minas e Sesi-SP, que estava no Elaabum, no norte do país.

 

Ficha técnica

 

Nome:  Camila Caroline Miranda Silva

 

Nascimento: belo Horizonte, em 20/09/94

 

Altura:   1,76 cm

 

Peso:   68 kg

 

Posição:   Levantadora 

 

Clubes: Mackenzie-MG, São José-SP, São Caetano-SP, Itabirito-MG, Lavras-MG, Hylte/Halmstad (Suécia), Franca-SP, Braga (Portugal), Universidad San Martín De Porres e Brusque. 

 

Principais conquistas:   Campeã dos Jogos Regionais de São Paulo, Campeã da Superliga B, Campeã Paulista, Vice-Campeã da Liga Mineira, Campeã da Superliga C, Campeã Catarinense e Vice-Campeã da Superliga B


FONTE: Estado de Minas


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