Libaneses lutam contra incêndio após ataques israelenses

26 out 2023
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Soldados e voluntários tentavam controlar, nesta quinta-feira (26), um violento incêndio causado por bombardeios noturnos israelenses em uma localidade na fronteira sul do Líbano, disseram autoridades locais.

"O incêndio atingiu as proximidades de Alma el-Chaab depois da meia-noite e está se aproximando das casas", disse o prefeito desta cidade, Jean Ghafari.

Segundo ele, a Força Interina das Nações Unidas para o Líbano (UNIFIL, na sigla em inglês), o Exército libanês e a Defesa Civil, junto com voluntários, tentam controlar as chamas, várias horas depois da deflagração de um incêndio em uma zona florestal entre esse povoado e a localidade vizinha de Naqoura.

Um fotógrafo da AFP viu as chamas cercarem várias casas da cidade, após terem destruído os olivais próximos.

O Exército israelense disse ter "neutralizado cinco células terroristas do Hezbollah que tentavam disparar" contra Israel nas últimas 24 horas. Anunciou ataques na noite de quarta-feira contra alvos no sul do Líbano, em represália ao lançamento de um míssil terra-ar.

Cerca de 70% dos habitantes de Alma el-Chaab deixaram a cidade desde o início das tensões na fronteira entre Israel e Líbano, segundo o prefeito.

O prefeito de Naqoura, Abbas Awada, acusou o Exército israelense de "lançar bombas de fósforo no meio da noite, que causaram o incêndio".

Na quinta-feira, o presidente do Parlamento, Nabih Berri, também denunciou o uso destas bombas contra o Líbano, algo que Israel negou repetidamente.

As bombas de fósforo são armas incendiárias, cujo uso é proibido contra civis, mas não contra alvos militares, ao abrigo de uma Convenção assinada em Genebra em 1980.

Desde o ataque do movimento palestino Hamas contra Israel, em 7 de outubro, o grupo libanês Hezbollah, apoiado pelo Irã, e seus aliados enfrentam diariamente as forças israelenses na fronteira sul do Líbano.

Esta violência deixou 57 mortos do lado libanês, e quatro, do lado israelense.

O ataque do Hamas no sul de Israel custou a vida a mais de 1.400 pessoas, e a retaliação do Exército israelense na Faixa de Gaza deixou mais de 7.000 mortos, de acordo com o Hamas.


FONTE: Estado de Minas


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