Número de mortes por ciclone no Rio Grande do Sul chega a 27

06 set 2023
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As autoridades confirmaram nesta quarta-feira (6) seis novas mortes na passagem de um ciclone no sul do país, o que elevou a 27 o número de vítimas do fenômeno.

Esta é a maior tragédia natural do Rio Grande do Sul, disse o governador Eduardo Leite, que sobrevoou as áreas castigadas junto a uma comitiva do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva liderada por seu ministro de Comunicações.

O governo do estado informou à AFP o balanço de "27 mortes confirmadas".

As chuvas intensas e fortes ventos causados pelo ciclone afetaram 67 cidades e mais de 52.000 pessoas.

Centenas de agentes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e Polícia Militar, além de voluntários, continuavam os trabalhos de resgate e desbloqueio dos acessos a diferentes localidades, que ficaram incomunicáveis.

"Não faltaram recursos e total empenho do @govbr para ajudar o Rio Grande do Sul a sair dessa situação triste", escreveu o ministro de Comunicações, Paulo Pimenta no X (antigo Twitter).

O ministro, que na véspera havia anunciando o envio de quatro helicópteros além dos três do estado já mobilizados nas tarefas de socorro, disse que pedirá mais aeronaves.

Entre os mortos está uma mulher que perdeu a vida ao cair em um rio, após o rompimento do cabo com o qual o socorrista tentava resgatá-la.

As autoridades advertem que novos desastres podem ocorrer na região: alguns rios transbordaram e são esperadas novas chuvas a partir de quinta-feira.

O Brasil sofre fenômenos extremos frequentes e os cientistas não descartam uma relação com os efeitos da mudança climática.

Em junho, outro ciclone no Rio Grande do Sul deixou ao menos 13 mortos, enquanto milhares de pessoas foram evacuadas ou perderam suas casas.

Em fevereiro, 65 pessoas morreram após deslizamentos causados por chuvas recordes em São Sebastião, um balneário turístico a cerca de 200 km da cidade de São Paulo.

Nessa ocasião, caíram mais de 600 mm de chuva em 24 horas, mais que o dobro do esperado para o mês.

Os especialistas também atribuem os efeitos devastadores a uma urbanização descontrolada.

Cerca de 9,5 milhões dos 203 milhões de habitantes vivem em áreas de risco sujeitas a deslizamentos e enchentes.


FONTE: Estado de Minas


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