Presidente egípcio recebe líder palestino e rei da Jordânia
O presidente egípcio, Abdel Fattah al Sisi, recebeu, nesta segunda-feira (14), os dirigentes jordaniano e palestino em Al-Alamein (norte), anunciou a Presidência do Egito, em um contexto marcado por especulações sobre uma possível normalização das relações entre a Arábia Saudita e Israel.
Sisi se reuniu primeiro separadamente com o rei Abdullah II, da Jordânia, antes de dirigir uma reunião tripartite com o presidente palestino, Mahmud Abbas, informou a Presidência em dois comunicados diferentes.
Os três dirigentes mencionaram "a evolução do tema palestino" e pediram o fim da "ocupação israelense".
Eles reiteraram, ainda, seu apoio a uma "solução de dois Estados", tendo Jerusalém oriental como capital de um "Estado palestino soberano e independente".
Embora a Presidência egípcia não tenha mencionado a normalização, uma fonte palestina próxima ao caso afirmou à AFP que a cúpula abordava "os esforços americanos referentes à normalização das relações entre a Arábia Saudita e Israel, assim como as exigências da Autoridade Palestina no âmbito da assinatura de um acordo deste tipo".
Egito e Jordânia, primeiros países árabes a assinar um tratado de paz com Israel, respectivamente em 1979 e 1994, são grandes aliados regionais da Arábia Saudita.
A Arábia Saudita não reconhece Israel e não aderiu aos acordos de Abraão, em 2020, negociados pelos Estados Unidos, e que levaram o Estado israelense a normalizar suas relações com dois vizinhos do reino, os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein.
No sábado, o governo saudita nomeou um embaixador não residente para os territórios palestinos, que também será cônsul-geral em Jerusalém.
Antes, o tema dos territórios palestinos era tratado pela embaixada da Arábia Saudita em Amã.
A nomeação é vista como uma "mensagem pública de apoio" à Autoridade Palestina, segundo especialistas.
A Arábia Saudita tem dito que se atém à posição tradicional da Liga Árabe, que consiste em não estabelecer relações com Israel enquanto não for resolvido o conflito com os palestinos.
FONTE: Estado de Minas