Presidente iraniano acusa os EUA de serem ‘cúmplices dos crimes’ de Israel em Gaza
O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, acusou nesta quarta-feira (18) os Estados Unidos de cumplicidade nos crimes de Israel, um dia após o ataque a um hospital em Gaza e no mesmo dia da visita do presidente americano, Joe Biden, a Israel.
"As bombas que caem sobre a população de Gaza são americanas (...) O mundo considera os Estados Unidos como cúmplices dos crimes do regime sionista", declarou Raisi ao falar para milhares de manifestantes reunidos em uma praça de Teerã.
Os manifestantes se reuniram a pedido das autoridades, após o bombardeio na noite de terça-feira do hospital episcopal Ahli Arab, que deixou centenas de mortos.
O movimento islâmico Hamas, atualmente no poder, acusou Israel pelo ocorrido. No entanto, o exército israelense afirmou que a explosão foi provocada por um disparo de foguete do grupo armado palestino Jihad Islâmica, que negou qualquer envolvimento.
Para o presidente iraniano, "o fim do regime sionista começará com o ataque ao hospital".
Durante o discurso, ele afirmou que "o mundo muçulmano e a opinião mundial" exigem "o fim dos bombardeios o mais rápido possível, o fim do bloqueio de Gaza e a ruptura das relações políticas" estabelecidas pelos países árabes - que se aproximaram de Israel nos últimos anos.
"Os embaixadores" de Israel "devem ser expulsos e as embaixadas fechadas" nesses países, acrescentou.
O Irã não mantém relações diplomáticas com Israel e deseja o desaparecimento do país.
Enquanto viajava pela Arábia Saudita, o ministro das Relações Exteriores, Hossein Amir-Abdollehian, pediu aos países produtores de petróleo que impusessem um embargo do fornecimento para Israel.
Os manifestantes reunidos em Teerã empunharam bandeiras iranianas, palestinas e do Hamas, e alguns gritaram: "Abaixo Israel", "Abaixo Estados Unidos" e "A Palestina será libertada", conforme relatou um jornalista da AFP.
FONTE: Estado de Minas