Reuters pede a Israel investigação ‘rápida e transparente’ após morte de jornalista
A agência internacional de notícias Reuters pediu às autoridades israelenses uma "uma investigação rápida, profunda e transparente" sobre a morte de seu jornalista Issam Abdallah, em 13 de outubro, em um ataque no sul do Líbano.
"Reitero meu pedido às autoridades israelenses, que declararam que iriam fazer uma investigação, para que a façam de forma rápida, profunda e transparente", disse a editora-chefe da Reuters, Alessandra Galloni, em um vídeo.
"Por transparente, entendo uma investigação com provas e explicações claras", acrescentou.
"Também pedi ao Líbano, que disse ter reunido provas sobre o ataque, e a qualquer outra autoridade que disponha de informações que as forneça", completou Galloni.
O ataque - no qual Issam Abdallah morreu, e outros seis jornalistas, incluindo dois da AFP, ficaram feridos - ocorreu no sul do Líbano, na fronteira com Israel.
Desde o início da guerra em solo israelense e na Faixa de Gaza, deflagrada em 7 de outubro após um ataque sem precedentes do Hamas, esta zona é palco de troca de disparos entre o Hezbollah libanês e o Exército israelense, assim como de tentativas de infiltração no território de Israel.
Issam Abdallah morreu, após ser "atingido por um obus, quando filmava a troca de disparos transfronteiriços entre Israel e o Líbano", relatou a editora-chefe da Reuters.
"Nossas testemunhas no local disseram que o obus que matou Issam procedia de Israel", acrescentou Galloni.
No sábado, a Agência France-Presse (AFP) pediu a Israel e Líbano "uma investigação profunda" sobre o ataque.
"É fundamental que sejam feitos todos os esforços possíveis para determinar como um grupo de jornalistas claramente identificados como tal e devidamente credenciados pode ter sido atacado", afirmou o diretor-geral da AFP, Fabrice Fries.
O Exército libanês acusou Israel de ser o responsável pelo disparo. O Exército israelense disse, por sua vez, "sentir muito" a morte de Issam Abdallah, sem reconhecer explicitamente sua responsabilidade, afirmando que estão fazendo "verificações".
FONTE: Estado de Minas