Rússia expulsa dois diplomatas americanos por suspeita de espionagem
A Rússia anunciou, nesta quinta-feira (14), a expulsão de dois diplomatas americanos acusados de terem servido como agentes de "ligação" de um ex-funcionário russo do consulado americano em Vladivostok, acusado por Moscou de espionagem.
O ministério das Relações Exteriores russo informou que os dois diplomatas americanos, Jeff Sillin e David Bernstein, haviam "realizado atividades ilegais ao se comunicarem com um cidadão russo, (Robert) Shonov".
Tanto Sillin quanto Bernstein devem deixar o território russo no prazo de sete dias, acrescentou a pasta.
Shonov é acusado de "cooperação confidencial com um Estado estrangeiro", pois "lhe foram encomendadas tarefas em troca de uma remuneração econômica com o objetivo de minar a segurança nacional da Rússia", assegurou o ministério.
A embaixadora americana em Moscou, Lynne Tracy, foi chamada nesta quinta-feira ao ministério das Relações Exteriores russo e informada da decisão, segundo a mesma fonte.
"As atividades ilegais da missão diplomática americana, incluindo a ingerência nos assuntos internos do país anfitrião, são inadmissíveis", acrescentou o serviço diplomático russo.
Robert Shonov, ex-funcionário do consulado-geral americano em Vladivostok, no extremo leste russo, foi indiciado, no fim de agosto, pelos serviços de segurança da Rússia.
Ele é acusado de ter reunido, desde setembro de 2022, por conta da diplomacia americana, informações sobre a campanha militar na Ucrânia e pode pegar uma pena de oito anos de prisão.
A embaixada americana em Moscou denunciou, em nota, o que chamou de uma decisão injustificada das autoridades russas, e prometeu responder.
"Reiteramos nosso firme protesto contra as tentativas constantes do governo russo de intimidar e assediar os funcionários da embaixada dos Estados Unidos", informou a delegação americana, que acusou Moscou de "escolher o confronto e a escalada".
As tensões entre Rússia e Estados aumentaram nos últimos anos. As duas partes expulsaram parte do corpo diplomático.
FONTE: Estado de Minas