Seis sindicalistas pegam 16 anos de prisão por ‘conspiração’ na Venezuela
Seis sindicalistas foram sentenciados a 16 anos de prisão na Venezuela por acusações de "conspiração" contra o governo do presidente Nicolás Maduro, informaram nesta terça-feira (1º) organizações de defesa dos direitos humanos, que criticaram a condenação.
Os líderes sindicais Reynaldo Cortés, Alfonzo Meléndez, Alcides Bracho, Néstor Astudillo, Gabriel Blanco e Emilio Negrín foram presos em julho de 2022, em meio aos protestos em diferentes regiões do país reivindicando aumento salarial e melhorias nas condições de trabalho no setor público.
"Foram condenados a 16 anos de prisão pelos crimes de conspiração e associação criminosa pelo juiz Grendy Duque, apesar de serem inocentes", publicou a ONG Coalizão por Direitos Humanos e Democracia na rede social X, o antigo Twitter.
Além disso, a ONG assinalou que o Ministério Público não apresentou "provas" suficientes para sustentar a acusação.
o salário-mínimo na Venezuela equivale à menos de 5 dólares mensais (R$ 23,8), complementado por auxílios estatais que somam aproximadamente 65 dólares (R$ 310).
O custo da cesta básica, em contrapartida, ultrapassa os 500 dólares (cerca de R$ 2.400) por mês de acordo com estimativas privadas, em um país castigado pela inflação.
"Esta condenação sem nenhum pretexto, sem provas, demonstra, mais uma vez, que o sistema de 'justiça' está a serviço do poder e não dos cidadãos. A luta por reivindicações, pela liberdade, pelo bem-estar dos venezuelanos não é um crime", publicou na rede X o ativista social Roberto Patiño.
Dirigentes políticos da oposição também criticaram a decisão judicial.
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FONTE: Estado de Minas