Senador antiaborto bloqueia o terceiro cargo militar mais importante dos EUA

14 ago 2023
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A Marinha dos Estados Unidos ficou sem comandante nesta segunda-feira (14), assim como o exército e os fuzileiros navais, após todas as nomeações serem bloqueadas por um único senador republicano antiaborto.

O almirante Mike Gilday deixou o cargo como chefe da força naval nesta segunda. Sua sucessora designada, Lisa Franchetti, ainda precisa ser confirmada pelo Senado.

No entanto, Tommy Tuberville, senador do Alabama - estado muito conservador no sul dos Estados Unidos -, impede há meses a aprovação de centenas de nomeações para cargos militares porque acredita que a política do Pentágono de apoiar o pessoal militar que deseja abortar é ilegal.

O republicano é contra uma política do Pentágono que ajuda financeiramente mulheres soldados que desejam realizar abortos a se deslocarem de um estado para outro.

Em junho de 2022, a Suprema Corte dos EUA derrubou a garantia constitucional do direito das mulheres americanas ao aborto e deixou estado legislar sobre o assunto.

Algumas militares alocadas em estados onde o aborto foi considerado ilegal, na maioria dos casos, devem agora viajar para outros lugares onde o procedimento permanece legal.

O Senado pode contornar a obstrução caso vote em cada nomeação separadamente, mas o processo leva muito tempo por não poder aprová-las por unanimidade.

"Devido a esta suspensão geral, a partir de hoje, pela primeira vez na história do Departamento de Defesa, três de nossos serviços militares estão operando sem líderes confirmados pelo Senado", disse o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, na manhã desta segunda-feira, durante um ato sobre a saída de Gilday.

"Isso não tem precedentes. É desnecessário. E não é seguro", acrescentou.

A almirante Franchetti, atual número dois e primeira mulher que comandará a Marinha dos Estados Unidos, assumirá os dois cargos como interina.

Os chefes do Exército e do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA se encontram na mesma situação e cresce a preocupação de que o chefe de Estado-Maior à frente de todas as forças armadas, Mark Milley, também esteja prestes a renunciar ao cargo.


FONTE: Estado de Minas


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