Acordo de compra da Activision pela Microsoft segue adiante

11 jul 2023
Fique por dentro de todas as notícias pelo nosso grupo do WhatsApp!

Uma juíza federal americana ressuscitou, nesta terça-feira (11), o acordo para a compra da gigante dos jogos eletrônicos Activision pela Microsoft por 69 bilhões de dólares (aproximadamente R$ 340 bilhões de reais na cotação atual), ao negar a permissão de sua suspensão temporária.

A Comissão Federal do Comércio (FTC) dos Estados Unidos havia solicitado que o acordo fosse congelado, enquanto se aguarda uma investigação sobre temas antimonopólio.

O veredicto se refere unicamente ao procedimento de urgência e não ao fundo da questão, que será decidido mais adiante. Há uma audiência judicial prevista para o final de agosto.

A autoridade que regula a concorrência havia iniciado o processo, baseando-se em informações publicadas na imprensa "que sugeriam que (Microsoft e Activision) estavam considerando seriamente completar a aquisição" apesar da oposição de vários órgãos reguladores, segundo o documento apresentado em meados de junho.

Além da FTC, sua equivalente britânica, a CMA, vetou o acordo em nome da concorrência de mercado dos jogos na nuvem (jogados à distância, sem necessidade de download).

O presidente da Microsoft, Brad Smith, anunciou, nesta terça, que o grupo apresentaria propostas à CMA para tentar "abordar (suas) preocupações" sobre a aquisição da Activision "de uma maneira aceitável". E suspendeu o recurso interposto na Justiça britânica contra o veto inicial do órgão.

"Estamos dispostos a estudar qualquer proposta da Microsoft para restruturar a operação de forma que se resolvam os problemas", reagiu um porta-voz da CMA.

A Comissão Europeia aprovou a aquisição em maio.

Essa compra tornará a gigante da informática no terceiro maior ator do setor, em uma operação estimada em 69 bilhões de dólares (aproximadamente R$ 356 bilhões na cotação da época), segundo a estimativa publicada no momento do anúncio oficial em janeiro de 2022.

Apesar de se tratar apenas de um procedimento de urgência, a decisão judicial enfraqueceu consideravelmente os fundamentos jurídicos da FTC, que, de todos os modos, poderia seguir adiante com o caso.

"A FTC não demonstrou ser capaz de provar que essa transição poderia enfraquecer a concorrência nessa indústria", escreveu a juíza federal Jaquelina Scott Corley.

"Estamos agradecidos ao tribunal de San Francisco por essa decisão rápida e exaustiva e esperamos que outras jurisdições sigam trabalhando para conseguir uma resolução rápida" do litígio em curso, afirma o presidente da Microsoft em um comunicado no qual assegura que o grupo quer "responder as preocupações dos reguladores".

A AFP contatou a FTC, mas, até agora, o organismo não respondeu.


FONTE: Estado de Minas


VEJA TAMBÉM
FIQUE CONECTADO