Além do The Town: arrecadação com Heineken 0.0 é investida em formação de jovens da favela

22 set 2023
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Instituto HEINEKEN se une à Central Única das Favelas (CUFA) para oferecer curso de audiovisual a jovens da periferia de São Paulo Um dos espaços de Heineken no The Town: vendas de Heineken 0.0 foram revertidas em investimento para capacitação de jovens da periferia de São Paulo.

Lincon Zarbietti

Quem consumiu Heineken 0.0 no The Town fez mais do que optar pela cerveja zero álcool da marca, patrocinadora master do festival. A escolha também significou a participação em uma ação que vai transformar a vida de jovens moradores de favelas de São Paulo (SP), como Larissa Dandara, 25 anos, ativista social e idealizadora do coletivo Quilombos Urbanos.

Ela está entre os participantes do curso de capacitação audiovisual que será viabilizado com o valor arrecadado na venda de Heineken 0.0 no evento – 60 jovens foram pré-selecionados na primeira turma. Para a iniciativa, o Instituto Heineken se uniu à Central Única das Favelas (CUFA) e chamou a Favela Filmes para organizar a formação.

“Esperamos despertar ainda mais o enorme potencial que existe entre jovens que vivem nas favelas de São Paulo. Sabemos que muitos dos alunos já estão em contato com fotografia, artes e audiovisual e esse curso proporciona uma especialização ainda maior”, explica a gerente executiva do Instituto HEINEKEN, Vania Guil.

A jovem Larissa é um exemplo. Apaixonada por audiovisual, ela já trabalhou como modelo, produtora, assistente de câmera, diretora e roteirista, o que a motivou a buscar uma vaga no curso. Com a oportunidade, espera não só adquirir mais conhecimento na área, mas ampliar a rede de contatos e multiplicar o impacto da ação.

“Essa iniciativa é ressignificante porque o conhecimento adquirido a partir dela pode mudar milhares de vidas, não só as nossas (dos selecionados), mas das pessoas ao nosso redor. Transformação é a palavra que define”, afirma.

Larissa conta que decidiu idealizar o Quilombos Urbanos, um coletivo audiovisual e sociocultural, ao perceber que ela e outros jovens periféricos tinham necessidade de se expressar. A comunidade Zaki Narchi, no Carandiru, Zona Norte de São Paulo, foi o ponto de partida.

Além de levar reflexões sociais para dentro das comunidades e ocupações, o Coletivo usa as redes sociais como um canal para dar voz a quem, como ela, viveu ou vive em situação de vulnerabilidade.

Formação audivisual e de Inteligência Artificial

Grupo Heineken prevê mais ações que promovam a inclusão em festivais.

Lincon Zarbietti

O curso, com duração de três meses, terá quatro turmas e abre com módulos de introdução à inteligência artificial (IA), abordando conceitos básicos e usos na vida cotidiana. Feito isso, evolui para o uso da IA no audiovisual, partindo para o reconhecimento facial e para a componente técnica de captação, edição, cortes e demais atributos das filmagens.

Kalyne Lima, presidente da CUFA, destaca a potência da ação e também evidencia sua capacidade multiplicadora, impactando não apenas os selecionados para as aulas.

“Esse é um projeto muito inovador, proporciona uma formação com tecnologia de ponta, difícil de ser acessada por jovens oriundos de favela. Impacta diretamente não só a vida dessa garotada, como também reflete e repercute em seus familiares, amigos e vizinhos”, avalia.

Ao investir em educação e possibilitar a profissionalização de jovens de periferia, transformando-os em profissionais capacitados e competitivos, a ação dá exemplo do que pode acontecer quando marcas se conectam com responsabilidade social.

“Para nós, é uma grande oportunidade, principalmente por entendermos que é um passo que estamos dando para uma longa estrada a ser percorrida. São duas marcas potentes, que juntas e comprometidas, podem gerar frutos incríveis para as favelas brasileiras”, ressalta Kalyne.

De acordo com Vania Guil, a agenda ESG está no centro da estratégia do negócio do Grupo HEINEKEN e presente em todas as etapas das tomadas de decisão. O Instituto HEINEKEN, por exemplo, foi lançado no ano passado com o objetivo de expandir o cuidado com outros atores envolvidos na cadeia de valor para além de uma perspectiva ambiental. O Instituto HEINEKEN chega com o intuito de desenvolver habilidades socioemocionais e empreendedoras de vendedores ambulantes, catadores de materiais recicláveis e jovens em situação de vulnerabilidade.

A ação no The Town foi uma grande primeira parceria entre os esforços de marca à agenda ambiental e possibilitou a ampliação do impacto da marca em um megaevento além do impacto ambiental - já muito presente em ações e eventos anteriores, com a plataforma Green Your City.

"No ano passado, trabalhamos com o Rock in Rio a circularidade dos copos utilizados durante o festival, abastecemos o evento com placas de energia solar que foram doadas ao Parque Olímpico após o evento e implementamos uma microfloresta no local como legado de nossa atuação. Iniciar uma parceria com o The Town expandindo este cuidado também para o desenvolvimento social e inclusão produtiva de jovens em situação de vulnerabilidade é fundamental para garantir que estamos sempre evoluindo e trabalhando em prol do nosso objetivo de contribuir com a transformação da sociedade por meio do equilíbrio", declara o vice-presidente de Sustentabilidade & Assuntos Corporativos do Grupo HEINEKEN, Mauro Homem.

Assim como Kalyne, Vania e Mauro olham para a ação com a certeza de que muito está por vir a partir desses movimentos.

“Em uma visão de médio-longo prazo, queremos puxar essas pessoas para trabalhar em grandes eventos apoiados por nossas marcas como o The Town, Rock in Rio e em produções com o Grupo Heineken”, antecipa.


FONTE: G1 Globo


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