Americanos que assassinaram policial em Roma terão novo julgamento
O Tribunal de Cassação da Itália ordenou que dois turistas americanos sejam julgados pelo assassinato de um policial em 2019 no centro de Roma após uma tentativa de compra de drogas.
A principal corte, no entanto, manteve a condenação por assassinato para um deles, embora tenha determinado um novo julgamento da apelação para Finnegan Elder, 23, e Gabriel Natale-Hjorth, 22, em uma sentença proferida na noite de quarta-feira.
Os dois foram condenados à prisão perpétua em maio de 2021 por matar o carabinero (policial) Mario Cerciello Rega com onze facadas, após serem presos por uma compra fracassada de drogas.
Em março de 2022, o tribunal de apelações reduziu as sentenças para 24 anos para Elder, que empunhava a arma, e para 22 anos para Natale-Hjorth, que ajudou a esconder a arma após o ataque.
"Estamos satisfeitos com a anulação da sentença", reagiu Roberto Capra, advogado de Elder, que espera que as circunstâncias agravantes sejam anuladas.
"Haverá um novo julgamento sobre o cerne da questão: se os carabinieri se identificaram como membros das forças da ordem" perante os jovens, com o que espera uma notável redução da pena, explicou.
Elder admitiu que matou Cerciello Rega, mas afirma que tanto ele quanto Natale-Hjorth agiram em legítima defesa porque pensaram que os dois policiais, que estavam à paisana, eram bandidos procurando por eles.
A principal testemunha de acusação, o segundo policial, Andrea Varriale, garantiu que ele e Cerciello abordaram os adolescentes de frente e se identificaram como policiais.
Os advogados dos americanos, que criticaram fortemente a prisão perpétua, a maior pena possível na Itália, acreditam que os tribunais ignoraram as contradições no depoimento de Varriale, que sucessivamente admitiu que mentiu.
O assassinato do recém-casado Cerciello em uma área turística de Roma provocou indignação na Itália, mas também levantou questões sobre a conduta policial depois que Natale-Hjorth foi vendado enquanto estava sob custódia.
A sentença do policial que o vendou foi suspensa no mês passado.
FONTE: Estado de Minas