Ao menos 14 detidos por mineração ilegal na Venezuela após ataque a base militar
Pelo menos 14 estrangeiros foram detidos no sul da Venezuela, depois que uma base militar foi atacada por indígenas. A Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), principal força de defesa do país, relacionou o incidente à mineração ilegal, informou nesta terça-feira (30) um militar de alta patente.
O número de prisões de "cidadãos estrangeiros" foi anunciado pelo general Domingo Hernández Lárez, do Comando Estratégico Operacional da FANB, ao apresentar no Twitter um balanço de ações militares realizadas na segunda-feira no Parque Nacional Yapacana, no estado do Amazonas (fronteira com Colômbia e Brasil).
Combustível e equipamentos destinados a atividades de mineração ilegal, como máquinas de bombeamento e mangueiras, foram confiscados, acrescentou Lárez.
Na última terça, um grupo de indígenas atacou com arcos e flechas uma base militar na região. Não há registros de feridos.
O incidente ocorreu, segundo a Força Armada, após a apreensão de "materiais de contrabando" destinados a "acampamentos e estruturas criminosas de mineração", proibida na região por ser um Parque Nacional.
Cerca de cinco toneladas de alimentos e insumos haviam sido aprendidos nos dias anteriores, disse à AFP uma fonte próxima a defensores de direitos de comunidades indígenas.
"Organizações criminosas" provenientes da população fronteiriça de Inírida, Colômbia, têm recrutado "membros dos povos indígenas", segundo publicações de Hernández Lárez no Twitter. "Pagam habitantes jovens" com o objetivo de "atacar as unidades militares", declarou.
"Os povos e comunidades indígenas têm direito de viver em um ambiente saudável, seguro e ecologicamente equilibrado e devem colaborar com a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais", indicou em outra mensagem.
Vídeos e fotografias do incidente de sexta-feira viralizaram nas redes sociais no fim de semana.
Grupos de mineração ilegal proliferam no sul da Venezuela, nos estados Bolívar e Amazonas, ricos em ouro e outros minerais.
FONTE: Estado de Minas