Assembleia da Califórnia aprova projeto que obriga redes sociais a pagar por conteúdo jornalístico

02 jun 2023
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Proposta prevê que empresas como Facebook, Google e Microsoft terão que repassar uma porcentagem da receita com publicidade para veículos de jornalismo. Plataformas apresentaram críticas à versão atual do PL das Fake News

Alessandro Feitosa Jr/g1

A Assembleia da Califórnia, nos Estados Unidos, aprovou nesta sexta-feira (2) por 46 votos a 6 um projeto de lei que obriga redes sociais a pagarem para usar conteúdo jornalístico em seus serviços. A proposta para a Lei de Preservação do Jornalismo agora será analisada no Senado estadual.

O projeto prevê que grandes plataformas digitais, como Facebook, Google e Microsoft, terão que repassar uma porcentagem de suas receitas com publicidade para acessar conteúdos produzidos por veículos de jornalismo digital.

Este acesso inclui aquisição, rastreamento e indexação do conteúdo jornalístico pelas plataformas. O projeto propõe que 70% do valor obtida com a regra seja destinado para jornalistas contratados pelos veículos de imprensa.

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A organização News/Media Alliance, que representa cerca de 2.000 veículos de jornalismo nos Estados Unidos, afirmou que a aprovação do projeto na Assembleia da Califórnia é uma "ação decisiva e direta para salvar o jornalismo".

"Estamos extremamente encorajados a ver esse progresso em nível estadual, o que mostra que os americanos entendem a importância e o valor do jornalismo para manter suas comunidades seguras e informadas, e responsabilizar os que estão no poder", afirmou a presidente da News/Media Alliance, Danielle Coffey.

O projeto da Califórnia segue o modelo da Austrália, o primeiro país a forçar redes sociais a pagarem pelo uso de conteúdo jornalístico. A lei australiana gerou resistência de Facebook e Google, mas ambas chegaram a acordos com os veículos de mídia.

No Brasil, o PL das Fake News também prevê que as plataformas paguem para exibir o que é publicado por empresas jornalísticas. O projeto de lei aguarda votação na Câmara.


FONTE: G1 Globo


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