Até breve
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O post de hoje terá um tom diferente. Hoje deixo de lado as ironias, sarcasmos, o realismo em excesso... enfim hoje é o dia em que (...) Opa parei, parei... leia o discurso abaixo e compreenda.
Bom... antes de mais nada, a noite passada com uma crise de dor generalizada eu fiquei contemplando o teto do meu quarto e me encantei com o efeito que meu abajur produz enquanto durmo. Pensei em tanta coisa. Pensei num pudim com bastante calda, um bolo floresta negra com chocolates da Koppenhagen, me deu sede de um suco de melancia com bastante gelo, enfim pensei em muita coisa. Lembrei que ainda que estamos no comecinho do século XXI. O planeta oscila numa imensa gangorra. Os acontecimentos chegam numa velocidade alucinante. Mal conseguimos tomar fôlego. Bem e mal se atropelam nas acrobacias do mercado da comunicação, no avanço incontido das “redações”, nos transtornos que as “fake news” produzem, no desprezo pela verdade, no recrudescimento dos fundamentalismos. Respiramos um ar tenso. Como castelo de cartas, o pouco de estabilidade que imaginamos possuir pode degringolar de um dia para o outro. Sabemos de nossa impotência diante do jogo bruto dos que detém o poder. Mas isso não desperta em mim o desejo de afirmar: algo está errado. Enfim... o que quero dizer com essa evolução e loucura mediática, jornalística e afins é que... eu sou apaixonado por esse universo. Informar, conversar com o leitor me encanta, me faz sentir vida. Ao contrário de alguns canais, plataformas de notícia eu tive a honra de “bater de frente” lutando com o escudo da sinceridade contra os “jornalistas” sensacionalistas, blogueiros que mascaram a realidade dos fatos... lutei durante 11 meses e 10 dias. Contudo, tudo tem começo, meio e fim. Afirmo que foi a experiência mais gratificante e incrível durante esse tempo. Uma trajetória repleta de aprendizagem (apesar de ainda me enrolar na bendita crase), erros e mais erros, acertos, risos, alegrias, lições de vida e de amor, incontáveis vírgulas onde não existiam vírgulas, e também de puxões de orelha, que, na realidade, só acrescentaram tanto em minha vida. Atrelado a tudo isso, uma equipe maravilhosa me ofereceu um suporte fundamental. Trabalhamos sempre visando o coletivo. Os momentos de alegrias foram essenciais para criar um ambiente harmonioso. Bom... desde moleque sempre alimentei a consciência desse ciclo, afinal nossas vidas são cheias de introduções e términos, sabemos que precisamos passar por etapas e que os pontos finais são necessários para que novas frases se iniciem. Novos recrutas precisam aprender a lutar. Enfim... o início de algo sempre é vivenciado com muita expectativa. Quem não se lembra do seu primeiro dia em uma nova escola? E do primeiro beijo? O primeiro emprego? Não importa o que for, uma novidade sempre traz um misto de ansiedade, esperança e receio. Dar um novo passo sempre nos traz expectativas e certo “frio na barriga”, pela caminhada em direção ao desconhecido. Eu me lembro da minha estreia no G1 Triângulo como blogueiro. Dei ao meu primeiro texto o título “Da minha vida faço frases”, pois ele falava exatamente o quanto escrevo por paixão. Confidenciei meu sofrimento e amor diante dos textos. Expressei meu desejo de conter as palavras na arena onde luto para tornar-me um Túlio “normal”. Pra os novos recrutas dei a dica de buscar inspiração, no cenário antes da escrita, nos bastidores do palco da vida. Inspirei, expirei e contei sobre minha capacidade em grafar emoções, sonhar e insistir em narrar a ânsia pela vida, pelo inenarrável sempre prolongando os parágrafos com substantivos, verbos e adjetivos. É fato compreender que viver o início de uma nova fase é ao mesmo tempo arriscado e refrescante, pois, apesar de não saber o que está por vir, isso chacoalha minha rotina e faz com que me sinta “vivo”. Por outro lado, o encerramento é o fim de uma fase. Imagina se o sol não se pusesse todos os dias... Não seria estranho ter um dia interminável? É importante a noite chegar para que possamos descansar e estar preparados para um novo amanhecer e tudo que ele trouxer. As despedidas não são necessariamente definitivas. Elas podem representar não um “adeus”, mas sim um “até breve”. Mas o que não percebemos claramente é que os inícios e as conclusões estão relacionados. Sempre que terminamos uma etapa de nossa vida, já estamos vislumbrando as novas portas que se abrirão... E assim, já pensando nos próximos caminhos, gostaria de comunicar a você meu estimado e precioso leitor que hoje deixo o meu “ATÉ BREVE” assinando o blog “MÃO NA RODA” no G1 Triângulo. Deixo o blog com a lembrança de quando fui convidado para escrever pra o G1. Meu coração acelerou, eu gritei de felicidade, literalmente, na companhia de minha mãe e da enfermeira plantonista. Vibrei, pois foi um presente lindo que ganhei em 2017. Eu estava vivendo o luto de me sentir inútil, pois com a evolução do meu quadro clínico precisei ficar internado em casa, sendo afastado do meu emprego, da faculdade, tive minha vida social totalmente restrita etc... Eu precisava fazer algo de útil, precisava ressuscitar o Túlio produtivo. E Deus me ouvindo... Numa bela tarde de uma terça-feira recebi o convite de um querido amigo, o Paulo Eduardo. Quem é ele? Pra sociedade ele é diretor de jornalismo da TV Integração e G1 Triângulo, um profissional que conduz com eficácia todas as inovações dos produtos, quadros e ferramentas de gestão da área de comunicação e reportagem, sempre seguindo em frente com qualidade e obviamente aceitando e respeitando as mudanças que o jornalismo pede. Pra mim, ele é só o Paulo, um amigo que serei grato pelo resto dos meus dias, um amigo que me aconselha, me faz rir com piadas que a massa não entende, um amigo que intercede a Deus por minha vida, que mobiliza outros amigos pra suprirem de surpresa minhas necessidades... o Paulo é um cara que eu respeito e amo, um homem que minha família tem eterna gratidão. Seu convite pra eu escrever pra o G1, foi um remédio extremamente eficaz contra uma depressão profunda e outras diagnoses... Enfim, pra mim o Paulo é o Paulo. Mas continuando... Falar em respeitar as mudanças que o jornalismo pede, o “MÃO NA RODA” está na lista das mudanças de 2018. Recebi a notícia com normalidade, pois sempre soube como funciona a dinâmica no mercado da comunicação. Se fiquei triste? “Mermão”, chorei mais que viúva sem herança. Foi um choro de “perda” misturado com o sentimento de “dever cumprido”. Saio deixando as portas abertas. O “MÃO NA RODA” me proporcionou tanta coisa boa, me apresentou pessoas maravilhosas e que hoje fazem parte da minha vida. Pessoas que se aproximaram sem nenhuma pretensão, mas que me ofertaram a realização de alguns sonhos. Aprendi trabalhar em equipe (a distância), pois fui abraçado por toda equipe do G1 Triângulo mesmo sem me conhecerem, sempre receberam meus materiais com presteza e cordialidade. Tive a honra em conhecer a responsável por esse time, Palmira Ribeiro que assim como o Paulo tornou-se minha amiga, uma pessoa por quem oro todos os dias, desejo sabedoria pra superar as demandas da profissão e vida pessoal, uma amiga que eu amo, amo, amo, amo... Conheci ainda a Patrícia, a gerente de jornalismo da TV Integração... Não a conhecia pessoalmente, mas nosso primeiro encontro rolou uma empatia como se nos conhecêssemos há anos, além da agradabilíssima presença daquele momento, ela ainda me presenteou com um vinho divino – só pra ocasiões especiais, que fique claro). Numa linda tarde, entraram no meu quarto esse trio que admiro, aliás, amo... Os 3Ps (Paulo, Palmira, Patrícia)... me honraram com uma agradável visita e com um presente que só Deus pra recompensá-los como realmente merecem. Falando sobre o “MÃO NA RODA”. Contei acontecimentos que fizeram rir e chorar. Compartilhei com você um pouco da minha história. Mas agora é a hora de partir... Ficarei com saudade de acessar o blog todas as segunda e quintas-feiras para ver a ilustração feita para o texto e reler o “artigo” que escrevi Sentirei falta de alguns amigos (leitores fieis) que me ligavam para comentar os textos da semana. Demorarei um pouco a me acostumar em não acessar o e-mail para ver se existe alguma crítica, sugestão, reclamação, dúvida para mim. Mas, como tudo na vida, sei que – assim como escrevi pela primeira vez, ansioso pelo desconhecido – mais uma vez me deparo com novas possibilidades de novas escritas, novas estreias que iniciarão a partir desta despedida. A você caro leitor, que me acompanhou até aqui, muito, muito, muito, muito obrigado. Adorei cada mensagem que recebi durante esse tempo e espero que vocês continuem lendo minhas palavras – num possível livro, revista – ou de frente as câmeras ouvindo minhas “asneiras”. Mas, como disse acima, o “MÃO NA RODA” não é um adeus, e sim um até breve. OBRIGADO A TODOS OS ENVOLVIDOS NESSE PROJETO, DIRETAMENTE OU NÃO. Como diz o Eclesiastes: Tudo neste mundo tem o seu tempo, cada coisa tem a sua ocasião (...) tempo de chegar e tempo de partir.FONTE: G1 Globo