Atendimento de pacientes com transtornos alimentares é oferecido no HU-UFJF
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Para receber atendimento no HU-UFJF é necessário o encaminhamento prévio de um profissional da saúde para agendamento de acolhimento no ambulatório. Pessoas com transtornos alimentares sofrem mais na quarentena
Istock Getty Images Pacientes que sofrem com transtornos alimentares podem ser atendidos de graça no Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU-UFJF). Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Psiquiatras, psicólogos, nutricionistas e enfermeiros, assim como residentes e estagiários dessas áreas, fazem parte da equipe multidisciplinar para atendimento aos pacientes com transtornos como anorexia nervosa, bulimia nervosa e transtorno de compulsão alimentar. Para receber atendimento no HU-UFJF é necessário o encaminhamento prévio de um profissional da saúde para agendamento de acolhimento no ambulatório. No caso de algum serviço público, basta procurar a unidade básica de saúde mais próxima e solicitar esse encaminhamento. O que são transtornos alimentares? De acordo com o psiquiatra responsável pelo ambulatório especializado, Alexandre Rezende, os transtornos alimentares se caracterizam por ser uma alteração persistente na forma como o indivíduo se relaciona com a alimentação e, consequentemente, com seu corpo e seu peso. O profissional alertou que os transtornos alimentares são condições psiquiátricas graves e complexas, mas têm tratamento. “É importante ter em mente que o tratamento é prolongado e desafiador, exige uma equipe multi e interdisciplinar, mas a recuperação é perfeitamente possível. Não deixe de procurar ajuda ou orientar familiares e amigos que possam estar passando por algum desses problemas”, recomendou. 🔔 O g1 Zona da Mata agora está no WhatsApp. Clique aqui para receber as notícias direto no seu celular! Quais as causas? As causas dos transtornos alimentares são diversas. Alguns elementos têm importante participação no desencadeamento, manutenção e perpetuação dos sintomas, como: aspectos socioculturais: preocupação com o peso e a forma corporal; padrões de beleza (nesse ponto, as redes sociais acabam tendo uma participação muito negativa); fatores psicológicos: individuais e familiares; uso de dietas restritivas; vulnerabilidade biológica: genética e história familiar desses transtornos. Pandemia acentuou o problema Estima-se que os transtornos alimentares acometam 8,4% das mulheres ao longo da vida e 2,3% dos homens, com números crescentes nos últimos anos. São quadros mais comuns em mulheres jovens entre 18 e 30 anos. A pandemia acentuou o problema, a partir da necessidade inicial do isolamento social, fazendo as pessoas ficarem em casa, comendo mais, fato agravado pelas questões emocionais (medo de contaminação, preocupações com o futuro e angústia pela perda de entes queridos). Também houve redução das atividades físicas nos momentos de quarentena mais intensa, assim como um aumento do consumo de álcool e outras substâncias, enumera o médico. Alerta insatisfação constante com o peso e com o corpo (evitando ambientes, como praias e piscinas); realização frequente de dietas, sobretudo muito restritivas (a pessoa fica muito apegada em contar calorias, pesar a comida, eliminar determinados grupos alimentares da alimentação, considerando-os como “proibidos”); evidências de episódios de compulsão alimentar, definido como comer grandes quantidades de comida em curto espaço de tempo, com nítida sensação de perda do controle (a pessoa pode comer escondido, com vergonha dessas ocorrências de exageros); presença de comportamentos compensatórios para evitar ganho de peso ou atitudes para redução do peso: indução de vômitos, tomar remédios com o objetivo de controlar o peso, ficar muito tempo sem comer, fazer jejuns prolongados ou praticar atividade física em excesso. Dessa forma, pode ocorrer grande aumento ou uma perda excessiva de peso, podendo gerar sofrimento para a própria pessoa ou para a família e importante comprometimento da saúde física e mental. LEIA TAMBÉM: FEBRE MACULOSA: Morte suspeita é investigada em Juiz de Fora LIMA DUARTE: Mais de 200 tartarugas e arraias são apreendidas em situação de maus-tratos MESSALINA: Quem foi a imperatriz com reputação mais sexual da Roma Antiga 📲 Confira as últimas notícias do g1 Zona da Mata 📲 Acompanhe o g1 no Facebook e Instagram 📲 Receba notícias do g1 no WhatsApp e no Telegram VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das VertentesFONTE: G1 Globo