Autor de massacre em sinagoga dos EUA é considerado culpado de 63 acusações

16 jun 2023
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Um homem foi declarado culpado nesta sexta-feira (16) pelo massacre de 11 fiéis judeus em uma sinagoga há cinco anos, no ataque antissemita mais mortal da história dos Estados Unidos, informou a imprensa local.

Robert Bowers foi declarado culpado das 63 acusações federais apresentadas contra ele, entre elas crimes de ódio com resultado de morte, informaram as emissoras CNN e ABC, entre outras.

O homem, de 50 anos, foi condenado por abrir fogo dentro da sinagoga Tree of Life em Pittsburgh, Pensilvânia, em 27 de outubro de 2018.

Agora, um júri deve decidir se Bowers será sentenciado à morte pelo ataque.

Em sua alegação, os promotores assinalaram que Bowers rastreou metodicamente as vítimas na sinagoga, disparando contra muitas delas várias vezes e a curta distância.

Segundo o expediente, o ex-caminhoneiro gritou "Todos os judeus devem morrer!" durante o incidente, o que alimentou temores para um ressurgimento de extremistas de direita e neonazistas em todos os Estados Unidos.

O incidente ocorreu durante os serviços do Shabbat, o dia sagrado de descanso para os judeus. Bowers entrou no recinto armado com um rifle de assalto semiautomático AR-15 e três pistolas Glock. Depois do ataque, ele foi preso na própria cena do crime.

Membros de três congregações morreram na sinagoga, e outros dois fiéis e vários policiais ficaram feridos.

Bowers havia publicado fortes manifestações antissemitas na internet antes do ataque.

O então presidente Donald Trump pediu que Bowers recebesse a pena de morte, o que foi pedido formalmente pelos promotores federais em agosto de 2019.

Contudo, o Departamento de Justiça do governo Joe Biden não realizou nenhuma execução federal desde que o democrata assumiu o poder, em janeiro de 2021.

A equipe de defesa de Bowers argumentou que seu cliente sofre de esquizofrenia. Assim, apresentaram ao juiz uma declaração de culpabilidade em troca da prisão perpétua, mas a mesma foi rechaçada pela Promotoria.

Segundo a Liga Antidifamação, uma entidade judaica com sede nos Estados Unidos, em 2022 foram registrados 3.697 atos de assédio, vandalismo e agressão, um aumento de 36% em relação ao ano anterior e a maior quantidade desde que começaram os registros, em 1979.

Nos Estados Unidos vivem cerca de seis milhões de judeus, segundo um estudo do Pew Research Center publicado em maio de 2021.


FONTE: Estado de Minas


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