BH: donos de ônibus foram investigados por compra de vacina na pandemia
Alvos da operação da Polícia Federal e Receita Federal na manhã desta terça-feira (6/6), os sócios da empresa de ônibus Saritur também foram investigados por compra de vacinas durante a pandemia.
O caso aconteceu em 2021, quando empresários mineiros adquiriram e tomaram doses de vacinas contra a COVID-19 sem repassar os imunizantes ao Sistema Único de Saúde (SUS). Vídeos flagraram pessoas sendo vacinadas na garagem da empresa de transporte localizada em Belo Horizonte.
Na época, em março, apenas idosos e profissionais da saúde recebiam a imunização no país. Cerca de seis meses depois, a Polícia Federal concluiu que o grupo caiu em um golpe.
A substância aplicada por uma falsa enfermeira não era um imunizante contra o coronavírus. A cuidadora de idosos que se passava por enfermeira, Cláudia Mônica Pinheiro Torres, que chegou a ser presa e liberada, além do filho e do genro dela, já foram indiciados por associação criminosa e falsificação.
Os irmãos Rômulo e Robson Lessa, donos da Saritur, são suspeitos de organizar a vacinação clandestina na garagem da empresa.
Operação
Na manhã de hoje (6/6), a Polícia Federal e a Receita Federal cumpriram 22 mandados de busca e apreensão durante operação contra fraudes no pagamento da dívida tributária.
A dívida de impostos e contribuições sociais federais do grupo Saritur para com a União, inscrita em Dívida Ativa ou no âmbito da RFB, é de quase R$ 1 bilhão. A empresa é suspeita de fraudar pagamentos da dívida tributária e blindar o patrimônio de seus proprietários.
Apenas em 2023, funcionários da Saritur entraram em greve duas vezes reivindicando por melhores condições de trabalho, além do pagamento em dia do Fundo de Garantia por Tempo de Trabalho (FGTS), do vale-alimentação, das férias, do salário e do adiantamento.
FONTE: Estado de Minas