Biden viaja a Arizona e Novo México para promover política climática

07 ago 2023
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O presidente Joe Biden viaja a Arizona e Novo México, assolados por ondas de calor extremo, para tentar convencer a população sobre sua política ambiental, quando se aproxima o primeiro aniversário de seu grande plano climático.

A primeira parada desta viagem ao sudoeste dos Estados Unidos é o Arizona, onde as temperaturas se aproximam dos 50°C há várias semanas.

Além disso, o estado enfrenta um nível especialmente baixo do rio Colorado, que põe em perigo o fornecimento de água tanto para as áreas urbanas como ao setor agrícola.

No fim de maio, o governo federal e os estados afetados chegaram a um acordo sobre a gestão da água disponível.

Joe Biden, de 80 anos e candidato à reeleição, deve aproveitar a viagem para "destacar como sua administração realizou investimentos históricos em clima, conservação e energias limpas", segundo a Casa Branca.

O presidente começará por uma das paisagens naturais mais espetaculares do mundo, o Grand Canyon.

Segundo vários meios de comunicação americanos, Biden poderia anunciar a criação de um novo "monumento nacional", ou seja, uma vasta zona protegida na qual proibiria a exploração de urânio, para responder às preocupações das tribos indígenas da região.

- 'Ameaça existencial' -

A data desta viagem não foi escolhida por acaso, já que a chamada Lei de Redução da Inflação (IRA, na sigla em inglês), o eixo de seu mandato, cumprirá um ano em 16 de agosto.

A lei tem esse nome porque, quando o Congresso a aprovou, a inflação atingia seu máximo em 40 anos.

O objetivo deste plano é reduzir as emissões de CO2 em 40% daqui até 2030 em relação aos níveis de 2005. E conseguir zero emissões até 2050.

Para cumprir essa meta, promete investir 370 bilhões de dólares (R$ 1,8 trilhão, na cotação atual) na transição energética, sobretudo na fabricação de baterias para carros elétricos e painéis solares.

Também investirá nos serviços públicos, para modernizar o Departamento de Impostos, por exemplo.

Joe Biden considera a mudança climática como uma "ameaça existencial" e critica os republicanos que a questionam.

Por outro lado, a escolha do Arizona também esconde intenções eleitorais.

É um estado emblemático dos desafios apresentados pela mudança climática, com temperaturas extremas e seca. Mas o Arizona também promete ser uma das zonas eleitorais mais disputadas nas próximas eleições presidenciais, para as quais falta pouco mais de um ano.

Em 2020, Joe Biden derrotou Donald Trump por apenas 10.000 votos neste estado-chave.

- Investimento -

Um ano depois de sua adoção, a Lei de Redução da Inflação não teve nenhum impacto positivo na popularidade de Joe Biden entre os eleitores republicanos.

Mais da metade dos americanos (57%) desaprova a gestão Biden contra o aquecimento global, mas também reconhece não saber qual é o conteúdo do plano, segundo uma pesquisa do jornal Washington Post e da Universidade de Maryland publicado nesta segunda.

E isso apesar dos muitos anúncios de investimentos de empresas nos Estados Unidos.

"A legislação impulsionou uma explosão de investimentos nos Estados Unidos, com aproximadamente 200 novos projetos de energia limpa por um total superior a 110 bilhões de dólares [cerca de R$ 540 bilhões, na cotação atual], anunciados nos Estados Unidos durante o ano passado", declarou o Departamento do Tesouro em um comunicado publicado em 28 de julho.

No setor manufatureiro, foram anunciados novos investimentos de mais de 75 bilhões de dólares (R$ 367,5 bilhões), segundo Jack Conness, especialista do grupo de reflexão Energy Innovation: Policy and Technology.

Na quarta, Biden viajará ao Novo México, outro estado assolado pelas ondas de calor extremo.

Por último, na quinta, viajará a Utah, onde se concentrará em seus programas para os veteranos.


FONTE: Estado de Minas


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