‘Big techs’ já demitiram mais de 64 mil pessoas em 5 meses
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Sozinha, a Meta já cortou mais de 21 mil funcionários desde novembro de 2022. Cenário econômico enfraquecido e queda no número de anúncios explicam o mau momento. Facebook, Apple, Google e Microsoft
Montagem/Reuters A Meta, dona de Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou nesta terça-feira (14) uma nova rodada de demissões que irá afetar outros 10 mil trabalhadores. Em novembro de 2022, a empresa já havia cortado cerca de 11 mil funcionários. Com esse novo anúncio, as big techs Meta, Amazon, Microsoft e Alphabet (Google) já demitiram mais de 64 mil funcionários em apenas 5 meses. O número também leva em consideração o Twitter, que não faz parte do grupo de big techs, mas deu início ao movimento de corte expressivo de pessoal. Já a Apple é uma exceção, uma vez que foi a única empresa a não anunciar redução da força de trabalho nos últimos meses. No caso das outras empresas, a desaceleração macroeconômica e a queda na receita com propaganda explicam o cenário negativo (entenda mais abaixo). Quem demitiu e quantos foram desligados Twitter: cortou 3.700 funcionários em novembro; e mais 200 em fevereiro; Meta (Facebook/Instagram/WhatsApp): cortou 11 mil funcionários em novembro; e 10 mil em março; Microsoft: cortou 10 mil funcionários; Amazon: cortou 18 mil funcionários; Alphabet (Google): cortou 12 mil funcionários. Demissões nas big techs: o que está acontecendo com Google, Microsoft, Meta e Amazon O que explica esse cenário 🤔 Para começar a entender a situação delas, é preciso levar em conta as altas seguidas na taxa de juros nos últimos meses, nos Estados Unidos, para conter a inflação. Além de impactar nas vendas, o cenário tem feito empresas diminuírem gastos com publicidade, o que afeta em cheio as gigantes da tecnologia que dependem de anúncios. "Essas empresas cresceram muito em 2020, mas depois veio a queda. Na fase dura da pandemia, a digitalização aumentou. Todo mundo estava em casa, muitos recebem auxílio do governo, e as pessoas gastaram mais on-line", explica ao g1 Arthur Igreja, que é especialista em tecnologia e inovação e professor convidado da FGV. "As big techs precisavam de pessoas para suportar a demanda, mas esse crescimento não se manteve após a flexibilização do isolamento causado pela Covid", completa. "A desaceleração macroeconômica e o aumento da concorrência fizeram com que nossa receita fosse muito menor do que eu esperava", disse o presidente-executivo da Meta, Mark Zuckerberg, em novembro. Ele voltou a reforçar o cenário negativo no comunicado de hoje. LEIA TAMBÉM: Por que gigantes da tecnologia estão demitindo em massa Como conversar com você mesmo no WhatsApp Silicon Valley Bank: o que se sabe sobre a maior falência de um banco nos EUA desde 2008FONTE: G1 Globo