Blinken é favorável à volta dos EUA à Unesco para contrapor a China
O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, defendeu, nesta quarta-feira (22), o retorno dos Estados Unidos à Unesco, especialmente para contrapor a China na agência da ONU para a educação, a cultura e a ciência.
"Realmente, acredito que deveríamos voltar à Unesco", disse o secretário de Estado perante uma comissão parlamentar.
"Não como um presente para a Unesco, mas porque as coisas que estão ocorrendo na Unesco realmente importam", explicou Blinken ao mencionar os debates no âmbito da organização, sediada em Paris, sobre a inteligência artificial e, inclusive, sobre educação.
Os Estados Unidos se retiraram da agência da ONU no final de 2018, durante o governo de Donald Trump, em represália a uma suposta posição contrária a Israel.
O país pagou até 2011 cerca de 22% do orçamento da Unesco, ao redor de 80 milhões de dólares. Naquele ano, os palestinos foram admitidos como membros da agência.
"Na atualidade, a China é o maior contribuinte da Unesco", destacou Blinken. "Nós nem sequer estamos na mesa. É importante voltarmos", acrescentou.
O Departamento de Estado americano solicitou 150 milhões de dólares (R$ 790 milhões, aproximadamente) para financiar seu eventual retorno a essa agência no projeto de orçamento do governo Biden para 2024, recentemente posto em discussão no Congresso.
FONTE: Estado de Minas