Brasileiro em Israel relata trabalho voluntário para ajuda a vítimas de conflito: ‘Bombas explodindo’
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Jonas Rafael Carvalho, de 25 anos, mineiro de São Lourenço (MG), está há um mês no país e publica relatos sobre os momentos de tensão em Israel. Estudante de São Lourenço conta como vive em Israel em meio à guerra no Oriente Médio
O sul-mineiro Jonas Rafael Carvalho Xavier, de 25 anos, de São Lourenço (MG), que está na capital de Israel, Tel Aviv, relatou nesta segunda-feira (9) o trabalho voluntário que está sendo feito para ajudar necessitados da zona de conflito. 📲 Participe da comunidade e receba no WhatsApp as notícias do Sul de MG O jovem está em Israel há cerca de um mês e desde os ataques do Hamas, no último sábado (7), publica nas redes sociais relatos sobre a situação no país. Tel Aviv está a cerca de 90 quilômetros da chamada "zona quente", no Sul do país, na fronteira com o território palestino da Faixa de Gaza. "Estamos fazendo um trabalho um voluntário onde estão chegando caminhões para esse local onde a gente está com mantimentos, alimentação, utensílios pessoais, coisas para crianças, colchonetes, para atender o pessoal que está na área de risco, no Sul, onde está acontecendo a guerra e tem caminhões saindo cheio de mercadorias para atender esse pessoal", contou o sul-mineiro. Sul-mineiro relata momentos de tensão após ataques do Hammas em Israel Arquivo familiar Segundo o mineiro de São Lourenço, os momentos são de tensão, com barulhos de bombas explodindo a todo momento. "Estamos vivendo esse momento de tensão, todo mundo fazendo esse trabalho, esse ato de solidariedade, a gente está tentando apesar de todas as dificuldades, fazer o nosso melhor. Bombas explodindo neste momento, em cidades vizinhas, porque sirene não está tocando aqui, então é assim, muita tensão e dificuldade neste momento", relatou. Primeiras horas após ataque Nas redes sociais, o mineiro de São Lourenço (MG) contou como foram as primeiras horas após o ataque. Jonas conseguiu se abrigar em um prédio antibomba e está bem. “Hoje foi um dia muito difícil. A gente acordou sobre os ataques do grupo terrorista do Hamas. Seis horas da manhã, a família aqui da casa onde eu estou hospedado bateram aqui na minha porta. Foi uma loucura, gente. Eu acordei assustado, barulho de sirene tocando muito alto, várias sirenes”, compartilhou. “É tudo muito tenso, tudo muito rápido, e ver essa situação toda, todo mundo assustado, isso acontecendo, nunca vivenciei, é a primeira vez que eu tô passando por isso. É de verdade, é uma loucura”. Prédios em Gaza foram bombardeados por forças de Israel nesta segunda (9) Mohammed Salem/Reuters LEIA TAMBÉM Brasil condena ataques a Israel e convoca Conselho de Segurança da ONU Entenda o conflito que gera onda de violência entre Israel e Palestina Hamas: entenda o que é o grupo extremista islâmico armado que ataca Israel A EPTV, afiliada Globo, conversou com a mãe de Jonas, Aline Carvalho. Por mensagem, ela contou que o filho está há um mês em Israel a passeio. “Que vontade de estar perto da minha família, da minha mãe, de dar um nos meus amigos, nas minhas irmãs, de estar do lado das pessoas que eu amo. Então, sintam-se abraçadas. É muito doido, quando você é colocado obrigatoriamente do lado da possibilidade da morte. Como a gente valoriza a vida nesse momento”, disse Jonas em uma de suas postagens. A família informou que o jovem escreveu uma carta para a embaixada brasileira em Israel comunicando sua presença na área de risco. Mapa mostra conflito em Israel Arte/g1 Guerra declarada Israel anunciou nesta segunda-feira (9) que nas últimas 48 horas convocou 300 mil reservistas, um número sem precedentes na história do país. No sábado (7), o Hamas, um grupo islâmico extremista armado, fez um ataque-surpresa contra Israel. A partir da Faixa de Gaza, combatentes do grupo invadiram o território israelense, mataram centenas de pessoas e levaram mais de 100 pessoas como reféns. Israel declarou guerra ao Hamas e, inicialmente, atacou o território palestino com mísseis. O balanço mais recente das autoridades locais indica que quase 1.600 pessoas morreram, sendo 900 em Israel, 687 na Faixa de Gaza e sete na Cisjordânia. Milhares de pessoas ficaram feridas. Veja mais notícias da região no g1 Sul de MinasFONTE: G1 Globo