Cachorro com cinomose passa por transplante raro de células-tronco
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Um cachorro chamado Caramelo precisou passar por um transplante de células-tronco em decorrência da cinomose, virose altamente contagiosa que atinge os cães. O animal nunca havia sido vacinado e se alimentava mal antes de ser resgatado, criando condições favoráveis para contrair a doença e para que ela deixe sequelas. O transplante aconteceu nessa quarta-feira (14/9) em uma clínica veterinária em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O biólogo e médico veterinário Bruno Bertassoli explica que a cinomose dá sinais mais leves até que evolui para sintomas neurológicos. “Começa com diarreia e problemas respiratórios e evolui para o sistema nervoso”, diz. O animal contrai a doença entrando em contato com outros que já foram infectados, ou com fezes e urina desses bichos. “Por isso a vacina é tão importante”, lembra o veterinário.
As células-tronco são usadas para tratar outras patologias, mas no caso da cinomose, elas servem para restituir a parte do neurônio que foi destruída, fazendo com que ele volte a ser como era antes da doença. Por causa dos neurônios danificados, Caramelo parou de andar e perdeu a força muscular, além de apresentar tremores constantes. Devido à perda da coordenação motora, o cachorro precisou usar fraldas.
A aplicação das células-tronco foi a primeira de mais duas ou três que ainda devem acontecer. O tratamento também vai contar com sessões de fisioterapia e acupuntura. Bruno conta que cada aplicação custa R$ 2 mil reais, porque vêm de São Paulo. “As células são caras”, ele diz. Em Belo Horizonte, o veterinário conta que a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) ainda estuda esse tipo de tratamento.
Caramelo foi resgatado pelo Projeto Auquemia de Proteção Animal, da jornalista Daniela Costa. Além dele, a iniciativa mantém mais 24 animais, que foram resgatados com recursos dos envolvidos no projeto. As doações também ajudam a garantir a procedência das atividades, e vão servir para ajudar na recuperação total de Caramelo.
*Estagiária com supervisão do subeditor Diogo Finelli.
FONTE: Estado de Minas