Caçula, fazendeiro e apaixonado por balões: conheça curiosidades de Alberto Santos Dumont
20 jul 2023
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'Pai da Aviação' completaria 150 anos nesta quinta-feira (20) e tem até um museu próprio localizado na cidade que leva o nome dele, na Zona da Mata mineira. O inventor Santos Dumont sempre gostou de fotografias, foto de arquivo
Centro de Documentação da Aeronáutica/Divulgação
Apaixonado por invenções, balões e carros, Alberto Santos Dumont, o 'Pai da Aviação' completaria 150 anos de vida nesta quinta-feira (20). Mais do que o conhecimento para construir aeronaves, ele tinha algumas peculiaridades. Leia abaixo uma lista de curiosidade pesquisadas pelo g1.
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Santos Dumont nasceu na Fazenda Cabangu, na Zona da Mata Mineira. Na época, a cidade ainda se chamava João Gomes.
Filho de Henrique Dumont, engenheiro e plantador de café, e de Francisca Santos Dumont, filha de um comendador, Alberto teve cinco irmãs e dois irmãos, sendo o caçula entre os homens.
O Museu de Cabangu, localizado na fazenda onde nasceu Alberto Santos Dumont, abriga um acervo riquíssimo dos inventos e preserva parte da história dele como fazendeiro criador de gado holandês na Serra da Mantiqueira.
Aprendeu a ler com uma das irmãs e chegou a estudar em Campinas e no Rio de Janeiro.
As experiências começaram tímidas: eram pequenas máquinas e balões de ar. Aos 18 anos, visitou a França pela primeira vez com a família e ficou fascinado pelo motor à gasolina, tecnologia recente nas exposições de Paris do século XIX.
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Alguns anos depois começou a construir as próprias aeronaves e a explorar a mecânica do motor de combustão. Dumont tinha um estilo único para a época e se tornou celebridade na França no início do século XX.
Aos 25 anos inventou um balão cilíndrico, inflado a hidrogênio, que batizou de Brasil. Pesava apenas 15 kg e, ao ser testado, chegou a ganhar altura — mas, por ser preso por uma corda, dependia do vento para se movimentar.
A segunda criação foi o “Amérique”, que permaneceu no ar por mais de 23 horas, embora não tivesse dirigibilidade própria.
Em 1901, um magnata do petróleo criou o “Prêmio Deutsch”. O desafio era circundar a Torre Eiffel em um trajeto de 11 km e voltar ao ponto de partida em apenas 30 minutos. Santos Dumont, com 28 anos, aceitou a proposta. Com o “balão nº 06", medindo 33 metros de comprimento e 6 de diâmetro, levantou voo no meio da tarde e fez o percurso total em 29 minutos e 30 segundos.
Alberto Santos Dumont e a invenção, o 14 Bis
Fundação Casa de Cabangu/Divulgação
Em 1906, com 33 anos, Santos Dumont voltou a competir e decolou com o avião 14-Bis e fez o voo histórico percorrendo 220 metros. Para aterrissar, precisou desligar o motor para perder potência, sofrendo alguns danos.
Em 1907, o conceito de um avião já estava praticamente desenvolvido ao exemplo do “Demoiselle”, construído inteiramente por Santos Dumont e servindo de modelo para futuros projetistas. Pequeno e barato, a intenção era fabricá-lo em larga escala. Três anos depois, aos 37 anos, ele encerrou as invenções aeronáuticas e passou a supervisionar algumas indústrias que surgiam pela Europa, mas voltou ao Brasil após adoecer.
A produção em larga escala dos projetos tomou um rumo que Alberto não imaginava. Em 1914, durante a Primeira Guerra, o invento foi usado para bombardear uma cidade na Alemanha. Na Revolução de 1932, no Brasil, o aeroplano foi utilizado para fins militares e bombardeios.
Ver os feitos usados em guerras trouxe uma tristeza profunda ao inventor. No dia 23 de julho de 1932, já com esclerose múltipla e depressão, Santos Dumont cometeu suicídio em um hotel no Guarujá, em São Paulo.
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FONTE: G1 Globo