Celulares topo de linha: g1 testa 4 smartphones que são objetos de desejo

23 nov 2023
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iPhone 15, Moto Edge 40 Neo, Realme 11 Pro+ e Galaxy S23 FE oferecem ótimo desempenho, câmeras muito boas e baterias que duram bastante. Veja os resultados. G1 testa 4 celulares topo de linha

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Os celulares topo de linha são objetos de desejo na época da Black Friday. Têm câmeras de alta resolução com zoom, não travam e baterias de longa duração, que carregam muito rápido.

É uma categoria à parte entre os smartphones – e, se tiverem bastante armazenamento, telas incríveis e forem bonitos, melhor. Só tem um problema: o preço costuma ser bem maior que nos modelos de entrada e intermediários.

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O Guia de Compras testou quatro aparelhos lançados em 2023 que cumprem bem esses requisitos. Foram avaliados desempenho, tela e design, câmeras e duração da bateria.

Na conclusão, a relação custo-benefício também foi considerada (leia mais sobre como foram feitos os testes ao fim da reportagem).

Os aparelhos avaliados foram:

Apple iPhone 15

Motorola Edge 40 Neo

Realme 11 Pro+

Samsung Galaxy S23 FE

Os preços dos aparelhos variavam de R$ 2.800 a R$ 7.300 nas lojas on-line consultadas em novembro.

Para comparação, os celulares premium do teste feito em 2022 começavam em R$ 3.500 e iam até R$ 10.500.

Veja os resultados a seguir e, ao final, a conclusão.

Apple iPhone 15

O iPhone 15 tira excelentes fotos, tem uma tela boa e conta com uma bateria que dura bastante. Mas não é o aparelho mais avançado da marca – esse é o iPhone 15 Pro/Pro Max, que não foi avaliado neste comparativo. A Apple não tinha um modelo disponível do iPhone mais avançado para empréstimo.

Também é o primeiro aparelho da marca a utilizar o conector USB-C, que substitui o antigo padrão Lightning. Desse modo, qualquer cabo usado para recarregar a maioria dos aparelhos Android também serve para o iPhone.

O modelo com 128 GB de armazenamento era vendido nas lojas da internet em novembro por R$ 7.300 – é o celular mais caro da lista. A Apple ainda oferece versões com 256 GB (R$ 8.100) e 512 GB (R$ 9.600).

Desempenho

Na comparação com os demais aparelhos do teste, o iPhone 15 foi o mais veloz entre os quatro modelos, seja na avaliação de performance ou de vídeo.

Os aplicativos rodaram muito bem e o celular não travou durante o uso.

Tela e design

A tela de 6,1 polegadas do iPhone 15 é a única entre os modelos do teste com taxa de atualização de 60 Hz, algo encontrado em celulares Android de entrada.

Os demais smartphones da avaliação têm 144 Hz (Motorola) e 120 Hz (Realme e Samsung). A diferença, para quem não está acostumado com esse tipo de tela mais rápido, é bastante sutil e pode parecer imperceptível.

Esse número significa quantas vezes a tela “pisca” para atualizar uma imagem e, quanto maior, mais rápido aparece a informação para quem está usando o aparelho. Isso é um diferencial na hora de ver vídeos e jogar.

A tela do iPhone 15 é a única com o recurso Dynamic Island, que mostra notificações rápidas no topo da tela. O recurso, lançado pela Apple em 2022 apenas para a linha iPhone 14 Pro, agora chega ao iPhone “normal” – veja na imagem abaixo.

iPhone 15 ganhou recurso Dynamic Island

Divulgação/Apple

O acabamento do iPhone 15 é feito com vidro fosco colorido na parte traseira, com tons claros. As cores disponíveis são azul, verde, roxo, amarelo, branco, preto e vermelho.

Bateria

A bateria do iPhone 15 durou em torno de 11h40, a segunda maior entre os quatro aparelhos do teste. Ficou atrás apenas do Realme 11 Pro+, que atingiu 12h56 longe da tomada.

Esses números não significam que, após esse período, o aparelho irá desligar, mas dá uma ideia de quanto tempo pode ficar longe do carregador.

Vale ressaltar que o iPhone 15 vem sem o carregador de tomada na caixa do produto, apenas com o cabo de carregamento USB-C.

A Apple indica a compra de um carregador USB-C rápido de 20W. O modelo oficial custa em torno de R$ 220. Os demais aparelhos do teste vieram com cabo e carregador na caixa.

Câmeras

O iPhone 15 conta com uma câmera dupla na traseira, com resolução de 48 megapixels no sensor principal e 12 mp na secundária, chamada de ultragrande angular.

Como ocorre com o Moto Edge 40 Neo, o iPhone 15 consegue fotografar com zoom de 2x, que aproxima as imagens. Mas não é um zoom óptico, e sim um recorte na imagem de 48 megapixels (50 mp no Motorola) que deixa a cena mais próxima. Os resultados, porém, são muito bons.

As fotos em modo retrato também são um destaque na comparação com os outros aparelhos. As imagens com o fundo desfocado podem ser capturadas em qualquer modo de câmera, não necessariamente no modo Retrato. Veja nos exemplos abaixo:

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É possível desfocar o fundo depois, na edição de imagem, se o fotógrafo quiser.

No geral, as fotos feitas com o iPhone 15 são bastante nítidas e com cores mais saturadas que as dos concorrentes do teste. As imagens capturadas à noite também são muito boas na comparação com as outras câmeras.

O recurso do “retrato em qualquer modo” serve também para a câmera de selfie. O sensor frontal do iPhone 15 tem 12 megapixels e tira fotos com as cores bem "quentes", puxando para tons mais avermelhados na imagem, como dá para ver na sequência:

Moto Edge 40 Neo

O Moto Edge 40 Neo é um dos poucos aparelhos topo de linha que a Motorola lançou em 2023 – o foco da fabricante foi para os celulares dobráveis neste ano.

É um aparelho com bom desempenho, design diferente e uma ótima câmera. Também é o celular mais barato entre os modelos do teste: custava R$ 2.800 nas lojas da internet consultadas em novembro.

Desempenho

Nos testes de desempenho, o Moto Edge 40 Neo ficou em terceiro lugar, atrás do iPhone e do Galaxy S23 FE e um pouco à frente do Realme 11 Pro+.

Na avaliação gráfica, os resultados foram similares, com Apple e Samsung à frente e uma ligeira liderança na comparação com o Realme.

Tela e design

A tela de 6,5” do Moto Edge 40 Neo é a mais “rápida” entre os modelos do teste. Tem uma taxa de atualização de 144 Hz – contra 120 Hz de Samsung e Realme e 60 Hz da Apple.

Isso significa que a navegação no aparelho da Motorola é a mais fluida e veloz, mas isso causa um impacto no consumo de bateria.

Motorola, Realme e Samsung permitem ajustar a taxa de atualização da tela para um modo automático, que adapta esse recurso de acordo com o uso do aparelho – vai aumentar para games e vídeos e reduzir para navegação na web ou mensagens, por exemplo.

O display do Moto Edge 40 Neo é curvado nas bordas, dando um efeito visual diferente. O modelo da Realme também tem a tela curvada.

O acabamento traseiro é feito com couro vegano, com opções coloridas em azul claro, azul escuro e preto. O tal "couro" é um material sintético.

Bateria

O celular da Motorola ficou em último lugar nos testes de bateria, com 9h37 de duração – 12 minutos a menos que o modelo da Samsung.

O carregador rápido do produto é de 67W, um dos mais velozes entre os aparelhos avaliados – perde para os 100W do Realme e está à frente dos 25W da Samsung e 20W da Apple.

Câmeras

O Moto Edge 40 Neo conta com uma câmera dupla na traseira, com resolução de 50 megapixels no sensor principal e 13 mp na grande angular, que também funciona como uma câmera macro, para tirar fotos de perto.

O zoom do Motorola é de 2x, similar ao do iPhone 15.

Os resultados – diferente de outros testes com câmeras da Motorola – foram fotos com bastante contraste, até um pouco exagerado, e com tons mais quentes que os encontrados em outros aparelhos da marca. Veja abaixo:

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As fotos diurnas e com grande angular ficaram muito boas, e os tons quentes são perceptíveis também nas ótimas imagens noturnas. O foco da lente macro é muito bom, mas em algumas fotos de perto (que não foram em macro)– como as do gato abaixo – o aparelho se confundiu um pouco com a zona de foco.

As selfies têm 32 megapixels de resolução – junto com a câmera frontal do Realme 11 Pro+, as maiores definições entre os aparelhos do teste. Os resultados são similares à câmera traseira, com cores mais quentes e um bom desfoque do fundo.

Realme 11 Pro+

O Realme 11 Pro+ é um celular topo de linha com design diferente e mais câmeras que os concorrentes, além de contar com um carregador de bateria muito veloz.

O smartphone custava na faixa de R$ 3.100 nas lojas on-line pesquisadas em novembro.

Desempenho

A performance do Realme 11 Pro+ ficou em último lugar nos testes, pouco atrás do Moto Edge 40 Neo e com uma boa distância do iPhone 15 e Galaxy S23 FE.

Nos testes gráficos, os resultados foram similares.

Tela e design

O celular da Realme também conta com uma tela curvada nas bordas, como o modelo da Motorola. O display, de 6,7 polegadas, conta com taxa de atualização de 120 HZ – similar à do Galaxy S23 FE.

A semelhança com o Motorola também se dá pelo uso de couro vegano no acabamento traseiro, com uma costura no meio. As opções de cores são mais restritas – o Realme 11 Pro+ está disponível em bege e verde.

Bateria

A bateria do Realme 11 Pro+ foi a que durou mais nos testes, com 12h56 longe da tomada. Ficou à frente de todos os outros celulares do comparativo.

O aparelho vem com um carregador de 100W – a fabricante promete recarregar a bateria em 26 minutos. Em teste informal, o processo levou pouco mais de 30 minutos.

Câmeras

Assim como o Galaxy S23 FE, o Realme 11 Pro+ tem uma câmera tripla na sua parte traseira. O sensor principal tem 200 megapixels de resolução, o maior entre os aparelhos do teste e é usado também para dar zoom nas imagens.

A lente grande angular tem 8 mp de resolução e a terceira é uma lente macro de 2 mp para tirar fotos de perto.

Os resultados, como nos outros modelos, são muito bons nas imagens diurnas e noturnas.

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As cores são um pouco mais neutras na comparação com o Motorola e ficam bastante similares ao resultado encontrado na Samsung e na Apple, principalmente nas fotos feitas durante o dia.

O zoom de 4x é muito bom, aproximando bastante a cena. Veja no exemplo abaixo:

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As selfies têm 32 megapixels de resolução, como no modelo da Motorola. Vale notar que o Realme foi o único a inverter a imagem da câmera frontal, para tentar dar uma maior sensação de naturalidade à foto.

Samsung Galaxy S23 FE

O Samsung Galaxy S23 FE é um smartphone premium diferente – ele é uma versão repaginada (e recém-lançada) do Galaxy S23 (veja o teste), que chegou às lojas no começo de 2023.

As diferenças são internas, que deixam o S23 FE deixam um pouco mais em conta que o irmão mais velho – o Galaxy S23 "oficial" tem uma tela e capacidade de bateria menores, mas um processador mais veloz e um acabamento mais refinado que o S23 FE.

O Galaxy S23 FE era vendido em novembro por R$ 3.600 nas lojas consultadas na internet – contra R$ 5.800 do Galaxy S23.

Desempenho

O Galaxy S23 FE ficou atrás do iPhone 15 e à frente dos aparelhos da Motorola e Realme nos testes de desempenho.

Na avaliação gráfica, também ficou em segundo lugar. Vale ressaltar que apenas o iPhone 15 e o Galaxy S23 FE rodaram um novo teste de games – os demais não tinham “capacidade” para isso, de acordo com o aplicativo utilizado (veja no final como é feito o teste).

Tela e design

A tela de 6,4” do Galaxy S23 FE segue o padrão dos outros modelos da Samsung na linha S23, com um display plano, sem a curvatura adotada pela Motorola, por exemplo.

A taxa de atualização é de 120 Hz, como a do Realme 11 Pro+.

O acabamento do produto é feito em alumínio nas bordas e vidro na parte traseira, deixando o S23 FE muito parecido com a maioria dos celulares da marca em 2023, com as lentes traseiras da câmera ressaltadas.

As opções de cores são verde, branco, grafite e azul.

Bateria

A bateria do celular da Samsung durou 9h49, um pouco a mais que a do Moto Edge 40 Neo, e menos que as quase 13h da Realme e 11h40 do iPhone 15. O aparelho vem com carregador rápido de 25W.

Câmeras

A câmera tripla do Galaxy S23 FE conta com um sensor principal de 50 megapixels, um de 12 mp para a lente grande angular e um de 8 mp para o zoom de 3x.

As fotos feitas com o aparelho ficaram muito boas, com destaque para as imagens noturnas e as com zoom. Veja exemplos feitos à noite:

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Detalhe para os tons de verde, que ficaram mais naturais nas fotos diurnas.

O zoom do Galaxy S23 FE também funciona do modo híbrido, e consegue aproximar até 30x. Mas o resultado fica borrado – aproximar até 10x com boas condições de luz até produz fotos aceitáveis. Depois disso, fica manchado.

A câmera frontal é a de menor resolução do teste, com 10 megapixels apenas. Mas resultados foram tão bons quanto os dos concorrentes.

Conclusão

Os testes mostraram que todos os celulares avaliados são muito bons, com ótimo desempenho, duração de bateria e câmera.

O destaque na relação custo/benefício vai para o Moto Edge 40 Neo, que tem o menor valor nas lojas consultadas em novembro, na faixa dos R$ 2.800.

Porém, entre os três aparelhos que rodam sistema Android (Motorola, Realme e Samsung), o Galaxy S23 FE – que custava em torno de R$ 3.600 – tem um desempenho melhor, mais recursos de câmera e uma melhor garantia de atualização de sistema pela fabricante. Compensa pelo “conjunto da obra", mas é mais caro.

O celular da Apple segue como objeto de desejo. É um aparelho bem mais caro que os demais do teste, cheio de funcionalidades diferentes da concorrência, e com uma câmera excelente.

Mas que se diferencia muito no preço – R$ 7.300 ainda é distante demais do preço dos concorrentes com Android.

Como foram feitos os testes

O Guia de Compras selecionou smartphones da categoria premium lançados no segundo semestre de 2023, com conectividade 5G e disponíveis nas lojas on-line em novembro. Os produtos foram cedidos para o teste e serão devolvidos.

A Apple não tinha o iPhone 15 Pro ou o iPhone 15 Pro Max disponíveis para empréstimo. A Xiaomi optou por não enviar um aparelho.

Para os testes de desempenho, foram utilizados três aplicativos: PC Mark e 3D Mark, da UL Laboratories, e o GeekBench 6, da Primate Labs. Eles simulam tarefas cotidianas dos smartphones, como processamento de imagens, edição de textos, duração de bateria e navegação na web, entre outros.

Esses testes rodam em várias plataformas – como Android, iOS, Windows e MacOS – e permitem comparar o desempenho entre elas, criando um padrão para essa comparação.

Para os testes de bateria, as telas dos smartphones foram calibradas para 70% de brilho, para poder rodar o PC Mark. Isso nem sempre é possível, já que nem todos os aparelhos permitem esse ajuste fino. Os testes foram feitos com as telas com taxa de atualização máxima de cada aparelho (144 Hz no Motorola, 120 Hz no Realme e Samsung e 60Hz no da Apple).

A bateria foi carregada a 100% e o teste rodou por horas até chegar ao final da carga. Ao atingir 20% ou menos de carga, o teste é interrompido e mostra o quanto aquele smartphone pode ter de duração de bateria, em horas/minutos.

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FONTE: G1 Globo


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