Centenas de prisioneiros da guerra do Iêmen serão trocados a partir de quinta
Centenas de prisioneiros de guerra do Iêmen serão trocados durante três dias, a partir de quinta-feira (13), em um clima de esperança no que se refere a uma potencial resolução do conflito - disse uma autoridade iemenita nesta terça-feira (11).
O país está em guerra desde o início da intervenção militar regional liderada pela Arábia Saudita, em março de 2015, meses depois que rebeldes huthis, apoiados pelo Irã, tomaram a capital Sanaa.
Apoiadas pelos Emirados Árabes Unidos, as forças sauditas têm apoiado o governo iemenita instalado em Áden.
Centenas de milhares de pessoas morreram, e o país enfrenta uma das mais graves crises humanitárias do mundo, segundo a ONU.
A troca de prisioneiros será a maior desde outubro de 2020, segundo Majid Fadael, porta-voz da delegação do governo do Iêmen que negociou a dinâmica.
Os rebeldes huthis vão libertar 181 prisioneiros, incluindo cidadãos sauditas e sudaneses, em troca de 706 de seus camaradas, capturados por forças do governo, no âmbito de um acordo fechado mês passado na Suíça.
"Todos os acordos foram concluídos (...) para cumprir o processo de troca acordado", tuitou Majid Fadael.
A troca foi acertada dias após o anúncio, em Pequim, da retomada das relações diplomáticas entre Arábia Saudita e Irã, grandes potências regionais que, nos últimos anos, apoiaram lados opostos em terceiros países.
Há um ano, alcançou-se uma trégua entre ambas as partes, amplamente respeitada. Expirou em outubro passado, mas não foi oficialmente renovada.
Esta semana, uma delegação saudita se reuniu com os rebeldes huthis em Sanaa, com o objetivo de "estabilizar a trégua" e trabalhar para "uma solução política duradoura e global" para o conflito, disse o embaixador saudita no Iêmen.
Analistas apontam que a Arábia Saudita quer sair da guerra do Iêmen para se concentrar em projetos domésticos de diversificação econômica, que reduzam sua dependência do petróleo.
FONTE: Estado de Minas