Chefe de segurança do Twitter renuncia em meio a ‘profunda preocupação’ com Musk

12 nov 2022
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Em um tweet, Lea Kissner comunicou a decisão de deixar o cargo, mas não comentou sobre quais seriam as motivações. Plataforma enfrenta aumento de contas falsas após reformulação patrocinada pelo bilionário. Lea Kissner comunicou a saída do Twitter nesta quinta-feira

Reprodução/LinkedIn

A chefe de segurança da informação do Twitter renunciou nesta quinta-feira (10), no momento em que a reformulação da plataforma sob o novo proprietário Elon Musk viu um aumento de contas falsas, provocando um raro alerta dos reguladores americanos. Lea Kissner não justificou as razões para deixar o cargo de diretora de segurança.

"Tomei a difícil decisão de deixar o Twitter. Tive a oportunidade de trabalhar com pessoas incríveis e estou muito orgulhosa das equipes de privacidade, segurança e TI e do trabalho que fizemos", tuitou Kissner.

Chefe de segurança do Twitter fala sobre saída do Twitter

Reprodução/ Twitter

A saída de Kissner supostamente coincidiu com as renúncias de vários outros executivos importantes de privacidade ou segurança do Twitter. As demissões ocorreram um dia após o lançamento caótico de novos recursos introduzidos pelo bilionário Musk após sua compra de US$ 44 bilhões da rede social.

A plataforma introduziu seu tão esperado serviço de assinatura Twitter Blue, que permite que os usuários paguem US$ 7,99 por mês por uma certificação azul indicando que a conta foi verificada, bem como um selo cinza "oficial" exclusivo para algumas contas de alto perfil.

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Mas o magnata atraiu críticas quando descartou o selo cinza quase que imediatamente, ofuscando o lançamento do serviço de pagamento, que atualmente está disponível apenas no aplicativo móvel para iPhone e nos EUA.

O lançamento também trouxe uma onda de contas falsas: alguns usuários aproveitaram para se passar por celebridades e políticos, como o astro da NBA Lebron James ou o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair.

O caos provocou um raro alerta da Federal Trade Commission (FTC), a autoridade americana que supervisiona a segurança do consumidor e colocou o Twitter sob vigilância por violações anteriores de segurança e privacidade.

"Estamos acompanhando os desenvolvimentos recentes no Twitter com profunda preocupação", disse um porta-voz da FTC em comunicado.

"Nenhum diretor ou empresa está acima da lei, e as empresas devem seguir nossos decretos de consentimento", acrescentou o porta-voz, referindo-se aos compromissos anteriores do Twitter de obedecer aos regulamentos de privacidade dos EUA.

O chefe da Tesla e da SpaceX demitiu metade dos 7.500 funcionários da empresa californiana há uma semana, dez dias depois de comprar a plataforma e se tornar seu único proprietário.

Pela primeira vez desde as demissões, Musk dirigiu-se nesta quinta-feira a seus funcionários restantes e pediu que ajudassem o site a atingir 1 bilhão de usuários, de acordo com mensagens de texto de funcionários vistas pela AFP.

Ele também anunciou que estava encerrando a política de trabalho em casa do Twitter, que era uma prática generalizada na empresa com sede em San Francisco.

"Se você não aparecer no escritório, sua demissão é aceita", disse Musk aos funcionários.

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FONTE: G1 Globo


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