China e EUA participam de manobras marítimas na Indonésia
Apesar de suas divergências, Estados Unidos e China enviaram navios de guerra para participar de manobras marítimas internacionais que começaram nesta segunda-feira (5) na Indonésia.
Os dois países têm vários pontos de atrito nas questões militares, diplomáticas, tecnológicas e econômicas. Nesse contexto, os Estados Unidos aumentaram sua presença na Ásia-Pacífico para combater a China, que recentemente organizou uma série de exercícios militares em torno de Taiwan.
As potências concorrentes enviaram navios de guerra para as manobras marítimas multilaterais "Komodo" (MNEK), organizadas pela Indonésia no leste de seu território nas águas das Ilhas Célebes e que acontecem de segunda a quinta-feira.
A Marinha americana tem uma fragata leve no local, disse um porta-voz da embaixada dos Estados Unidos em Jacarta à AFP, no domingo.
Esses exercícios permitirão aos Estados Unidos "se juntar às nações que têm a mesma atitude, nossos aliados e parceiros, para enfrentar desafios comuns", como missões humanitárias e de resposta a desastres naturais, acrescentou a mesma fonte.
O Ministério chinês da Defesa anunciou na semana passada que enviará um destróier e uma fragata a convite da Marinha indonésia.
A Rússia também deve enviar navios, segundo uma lista divulgada pelas autoridades indonésias, enquanto a Austrália participará com uma fragata e o chefe de sua Força Naval, o vice-almirante Mark Hammond.
No total, serão mobilizados 17 navios estrangeiros, e 20, por parte da Indonésia.
"Os exercícios MNEK são um treinamento não bélico que prioriza a cooperação marítima na região", disse o porta-voz da Marinha indonésia, I Made Wira Hady.
As tensões entre Washington e Pequim se agravaram este ano por causa da questão de Taiwan, uma ilha que tem um governo independente apoiado por Washington e que a China considera parte de seu território.
Dois incidentes envolvendo militares americanos e chineses no Estreito de Taiwan e no Mar da China Meridional ocorreram nos últimos dez dias.
O secretário americano da Defesa, Lloyd Austin, considerou, no sábado (3), durante uma cúpula em Singapura "essencial" renovar o diálogo com a China para evitar "mal-entendidos" que possam levar a um conflito entre as duas potências militares.
FONTE: Estado de Minas