Coalizão de países pede ‘saída urgente’ dos combustíveis fósseis
Uma coalizão de 18 países, liderada pelas Ilhas Marshall, exigiu nesta sexta-feira (14) "uma saída urgente dos combustíveis fósseis" e que "os gases do efeito estufa cheguem ao seu pico antes de 2025", no final de uma cúpula climática em Bruxelas, cinco meses antes da COP28.
"Devemos acelerar a transição energética mundial dos combustíveis fósseis", objetivo declarado do G7.
O texto assinado pelos ministros representantes de Colômbia, Alemanha, França, Senegal e outros Estados insulares também deseja "alcançar o pico de emissões de gases do efeito estufa até 2025, o mais tardar".
"Isso requer transformações sistêmicas em todos os setores, motivadas por uma saída urgente dos combustíveis fósseis, (...) começando por uma diminuição rápida de sua produção e utilização nesta década", detalharam os países em uma declaração final da VII Cúpula Ministerial de Ação pelo Clima, em Bruxelas.
O texto traça as linhas de negociação para a preparação da conferência do clima da ONU em Dubai, onde a humanidade deve estabelecer os meios para salvar a meta do Acordo de Paris - de conter o aquecimento "abaixo de +2°C" em relação ao período pré-industrial e, se possível, até +1,5°C.
"Devemos eliminar, muito antes de 2050, os combustíveis fósseis 'unabated' (incessantes, em tradução livre)", ou seja, aqueles que não contam com dispositivos de captura ou armazenamento de carbono, afirmou na terça-feira em um discurso na Espanha o comissário europeu para o Meio Ambiente, Frans Timmermans, que também assinou a declaração.
O que se entende pelo termo em inglês "unabated" promete gerar um forte debate até a próxima COP28.
Os 18 ministros alertaram que "as tecnologias de redução de emissões e despoluição (...) não devem servir de sinal verde para a expansão contínua dos combustíveis fósseis".
FONTE: Estado de Minas