Conheça a Oficina Coragem: um caminho de descoberta das potencialidades
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Vinícius Cristóvão oferece diferentes formas de participação a todos aqueles que queiram se conhecer melhor e, com isso, encontrar a melhor expressão para estar diante do outro Guimarães Rosa já escreveu que o que a vida quer da gente é coragem. Se buscar a etimologia da palavra “coragem” percebe-se que ser corajoso é ter coração forte. A bravura, no entanto, não é sinônimo de se fechar: é, pois, abrir-se às possibilidades; abraçar o medo; ter o coração aberto ao novo. É encarar os próprios medos. E isso tudo exige, sim, coragem, por mais contraditório que seja. Vinícius Cristóvão, ator, produtor, diretor e comunicador, viveu uma série de episódios que mostraram que, verdadeiramente, é preciso ter coragem: de encarar a vida, conhecer a si mesmo, enfrentar o palco. Foi a partir de uma sucessão de processos de autoconhecimento, de ir fundo para ir longe, que ele percebeu a importância mais que essencial da presença, seja nos palcos ou nas relações, e como isso é um alicerce do coração forte.
Imerso no teatro desde os seus 10 anos, lidando com toda a cadeia produtiva dessa arte, desde os atores aos diretores, Vinícius entendeu que essa sua experiência de encontrar a coragem para ser e estar no palco e na vida como um todo poderia ajudar a outras pessoas. E foi assim que em 2017 nasceu a Oficina Coragem: um caminho que mistura técnicas de teatro, comunicação e experimentações de autoconhecimento, com o respaldo de práticas como meditação, yoga e oratória. Uma metodologia intuitiva que consegue ser lúdica e assertiva ao mesmo tempo que faz com que, através do teatro, as pessoas consigam se expressar melhor, sem as amarras do medo e do nervosismo. No começo, os artistas eram o principal foco. Ao longo desses anos, depois de aprimorar seus conhecimentos tanto em seu mestrado quanto na aplicação das oficinas, que já aconteceram de maneira presencial e on-line, a Coragem foi se desdobrando e ganhando novas formas, abraçando todos os interessados. “A metodologia Coragem é como um guarda-chuva e do qual surgem outros desdobramentos”, explica. Agora, nesta temporada que se abre neste ano, a partir de junho, Vinicíus a oferece em diferentes módulos e formas de participação a todos aqueles que desejam se aventurar em si mesmo em busca de uma melhor comunicação e expressão, além do motivo de tudo isso: encontrar a coragem. “Coragem e criatividade são inerentes a nós. Elas nascem com a gente. Mas a gente vai perdendo isso. A Oficina Coragem oferece caminhos, através da arte, para o empoderamento”, resume Vinícius. Através de recursos da Lei Aldir Blanc, foi possível oferecer a Oficina Coragem de maneira virtual durante a pandemia. Os encontros, que são uma amostra desse processo, estão disponíveis no YouTube, clique aqui e assista. Despertando a coragem “No teatro, eu posso me tornar outros e assumir outras percepções. E, muitas vezes, eu não sou quem eu quero ali, em cima do palco, porque o diretor pode me oferecer um papel de um personagem que não é quem eu quero ser verdadeiramente. Mas eu assumo, enquanto meu ofício, e, entendendo isso, posso interpretá-lo de maneira tão bela que eu me torno, naquele momento, uma outra pessoa.” Na vida, no entanto, esses papéis não são incubidos. E é por isso que, com a coragem, se pode ser quem se quer ser, sem se sujeitar às projeções e aplicações do outro. Viver verdadeiramente em essência. Seguir rumo à coragem, no entanto, faz com que as vulnerabilidades sejam expostas, muitas vezes. “Coragem e vulnerabilidade caminham muito juntas também. E o conhecimento de si trás a tona essas vulnerabilidades. No entanto, nessa jornada da Coragem, a gente consegue abraçá-las, lidar com elas.”, garante Vinícius. Tudo isso é importante para encontrar o que se é por inteiro: encontrar as dores e as delícias da individualidade. Vinícius encontrou, através de sua própria história, aliada aos seus estudos em teatro e comunicação, uma metodologia que permite exercitar a presença através da coragem Divulgação Para entender como, então, encontrar esse núcleo pessoal, que é a própria coragem, e ser quem verdadeiramente se é, Vinícius foi, ele mesmo, se utilizando de algumas práticas que, agora, estão inseridas nesse caminho proposto pela Oficina Coragem em suas três modalidades de oferta: uma jornada de dois meses; uma oficina de um dia para artistas e um curso sob demanda oferecido para empresas. O ponto principal, presente nas três possibilidades, é esse olhar curioso sobre a vida. Muitas vezes imersos na cotidianidade maçante, os pequenos detalhes passam despercebidos: como se a vida só caminhasse por uma rota e o que realmente ronda esse trajeto ficasse de fora. É por isso que as relações ficam, praticamente, programadas e automáticas: não se percebe a si mesmo e, muito menos, ao outro. Estar presente, ouvir, fazer com que se seja ouvido: é isso que traz confiança e conexão com o outro. “A proposta é sugerir um novo olhar mesmo, como o de uma criança, sem julgamentos e não-programado. Perceber esse momento presente. Procurar novas coisas. Isso faz viver o agora e, por isso, conecta melhor com o outro”, explica. Especificamente no teatro, por exemplo, é comum ouvir que a interpretação do ator deixou hipnotizado, de maneira a não querer mover os olhos para qualquer outra distração. “A hipnose é a presença”, garante Vinícius. Para garanti-la é que essas técnicas são introduzidas. Nesse trajeto rumo à coragem, a confiança é um dos principais alicerces do coração forte Divulgação Embasamento teórico e prático Nesse caminho guiado em busca de um coração mais forte, além desse novo olhar, Vinícius se utiliza de alguns pensadores que estudaram também tanto o encontro consigo mesmo quanto a arte de se expressar: Michael Chekhov, importante ator russo, e Michel Foucault, filósofo francês. Os dois estiveram entrelaçados em sua pesquisa de mestrado e compõem o embasamento teórico da Oficina Coragem. De Chekhov, interessa a Vinícius principalmente esse olhar para a potência do trabalho psicofísico “Para ele, não era necessário buscar memórias afetivas para compor. É mais interessante criar algo novo. Ele sugere vários exercícios que proporcionam a quem os vivencia tornar o seu corpo um canal empático do que surge. Isso é praticado em alguns momentos da oficina. E isso faz vir à tona uma série de sentimentos e percepções que são potência de transformação rumo a coragem. A gente olha para o que vem de maneira respeitosa, sem um julgamento do que é certo ou errado. Na oficina, não cabe certo ou errado: todas as experiências são bem-vindas, respeitando o limite de cada”, explica Vinícius. De Foucault, por outro lado, Vinícius se utiliza do conceito de cuidado de si. “Ele entendeu que o processo de transformação estava dentro do ser humano. Para ele, a experiência traz a evolução. O cuidado de si, que são práticas, faz com que a gente se encontre, entendendo os limites do corpo, o que eu sou agora no momento. O cuidado de si é diferente do conhece-te a ti mesmo. No cuidado de si, a libertação das amarras parte da experiência. Já no conhece-te a ti mesmo, a busca pelo despertar é através do conhecimento.” Isso justifica, então, a escolha pela prática: é só através dela que existe a transformação e, então, o encontro com a coragem. Durante as oficinas, prática e teoria estão atreladas de maneira a potencializar o caminho Além dessas técnicas, a Oficina Coragem tem, em determinados momentos, a presença de outros profissionais que se somam nesse caminho rumo à transformação. Profissionais da yoga, da oratória e da constelação familiar aparecem no sentido de ajudar no processo de se conhecer melhor e, com isso, se comunicar melhor a partir do que está dentro de si, de sua individualidade. Profissionais das áreas de oratória, yoga e constelação familiar participam da Jornada da Coragem e ajudam nesse conhecimento de si mesmo e na melhor expressão com o outro Arquivo Pessoal Experiência compartilhada “O teatro foi o que me fortaleceu”, afirma Vinícius. Se o teatro fortalece, ele, então, ajuda na construção do coração forte. Ou seja: o que, hoje, é a Oficina Coragem, Vinícius já experimentou de maneira particular. E, nesses seis anos de existência real, já soma uma série de pessoas que também se tornaram mais confiantes, corajosas em se arriscar e expressar o melhor de si. “À Oficina Coragem interessa o processo. Não tem certo ou errado por isso. É a experiência que é importante. Tanto que, independente da modalidade que se vive da Coragem desde o primeiro dia é possível ver diferenças. As técnicas apresentadas continuam sendo usadas depois. Por isso que é fato dizer que a oficina termina, sim, em um prazo programado, quando os encontros se encerram, mas o que é apreendido ali fica para sempre.” A Oficina Coragem já foi experimentada tanto no on-line quanto no presencial e, neste ano, mescla as duas formas Reprodução É vivendo que se percebe melhor, de maneira prática, a importância da coragem na vida. Os alunos é que são testemunhas. Seja nas oficinas dadas de maneira presencial ou virtual, o fruto disso é colhido no agora, e segue sendo. Maria Dornellas foi uma das alunas que fez a Jornada da Coragem e seus três módulos: coração, escada e topo da montanha. A partir dos encontros, que propõem vivências práticas, Maria conta que percebe que se tornou até mais feliz, com muito mais presença em suas relações e, principalmente, amor próprio. “A Jornada da Coragem foi um presente que ganhei em 2022, e eu espero que ela continue reverberando por toda a minha vida, e que ainda floresça muito. A jornada é um mergulho, uma imersão no amor, na confiança, na leveza, na soltura, na presença e na fluidez”, afirma. Luana Souza participou da última edição da Oficina da Coragem. Ela afirma que essa oficina a colocou no lugar onde ela está agora. “Ela me ensinou a ser grata, até pelas coisas ruins que a gente passa. Porque a gente tem essa mania de jogar as coisas ruins para debaixo do tapete. Mas não é isso: onde eu estou hoje depende de tudo o que eu vivi. Aprender a respirar com o Vinícius também foi importante, porque é a respiração que nos traz para o nosso momento presente, que nos reconecta com a nossa base.” “A Oficina Coragem trabalha nossas inseguranças e as transforma em coragem”: é isso o que ficou da oficina em César. Ele é artista independente e trabalha diretamente com a câmera. “Poder aprender como minha presença importa nessa hora foi fundamental. O Vinícius tem uma didática maravilhosa e consegue compreender as individualidades.” Vinícius sempre soube que queria guiar os processos. Se o teatro o salvou, ser porta-voz desse caminho é uma missão que visa ajudar os processos dos outros, também em busca do autoconhecimento. Ele entende que é compartilhando ensinamentos que tudo faz sentindo. E isso é caminho para a coragem, ela que é também sobre saber estar diante do outro. O Centro Universitário Internacional (Uninter) é parceiro da Oficina Coragem porque também entende que é unindo forças que a coragem se manifesta. Como uma rede de ensino, a Uninter trabalha principalmente com o outro, de maneira a despertar nele as melhores expressões e versões, através do conhecimento e da educação de qualidade. Conheça as modalidades da Oficina Coragem Jornada da Coragem: Oferecida durante dois meses de maneira híbrida. Grande parte do encontro é presencial. Todos os interessados em descobrir a coragem, a partir do desenvolvimento da presença, são bem-vindos. Informações e inscrição: bit.ly/jornadacoragem2023 Alimentando meu EU-ARTISTA: Voltada aos artistas, oferece ferramentas com o intuito de se aprofundar no eu com o objetivo de desenvolver a criatividade, reconhecendo suas potências. A oficina é oferecida em um dia, durante 3h. Informações e inscrição: bit.ly/oficinaalimentandomeueuartista Coragem para empresas e/ou instituições: Feita sob demanda, atende às especificidades e aos objetivos das empresas ou das instituições interessadas em desenvolver nos funcionários técnicas tanto para melhor comunicação com os clientes quanto para o relacionamento interno. Informações: bit.ly/coragemparaempresaegruposFONTE: G1 Globo
