Conservadores enfrentam eleições parciais de alto risco no Reino Unido
O governo conservador britânico de Rishi Sunak enfrenta nesta quinta-feira (20) três eleições parciais difíceis e, ao mesmo tempo, determinantes para o pleito parlamentar do próximo ano.
No mesmo dia, serão renovados três assentos de deputados em distritos considerados como bastiões conservadores, mas, segundo as pesquisas sobre os "tories" - após 13 anos no poder -, a oposição pode vencê-los.
As seções eleitorais abriram às 07h00 locais (3h00 em Brasília) e fecharam 15 horas depois, às 22h00 (18h00 em Brasília). Os resultados são esperados para a manhã desta sexta.
Este tipo de eleição mobiliza geralmente poucos eleitores, mas os resultados marcarão o ano eleitoral que se avizinha, tanto para a maioria como para os trabalhistas, favoritos para entrar em Downing Street em 2024.
A oposição parece bem posicionada para triunfar no distrito londrino do ex-primeiro-ministro Boris Johnson, que renunciou com estrondo do Parlamento após o escândalo das festas em Downing Street.
Em Uxbridge e South Ruislip, no oeste de Londres, os trabalhistas partem como favoritos, mesmo penalizados pela impopular ampliação próxima do imposto sobre veículos poluentes, decidida pela Prefeitura dessa mesma corrente.
Esta votação "é uma prova sobre o que o país sente [...] depois de muitos anos de crises na política britânica", disse Jonathan Haynes, um eleitor de 37 anos em Uxbridge.
O partido de centro-esquerda espera ganhar em Selby e Ainsty, distrito em Yorkshire (norte de Inglaterra), enquanto no sudoeste, em Somerton e Frome, os centristas do Partido Liberal Democrata parecem ser os mais indicados para substituir David Warburton, vítima de seu consumo de cocaína.
O chefe de governo pediu união aos conservadores antes das eleições gerais do próximo ano.
Três derrotas representariam um duro golpe para Sunak, de 43 anos, que entrou em Downing Street em outubro do ano passado, depois das saídas forçadas de Johnson, arrastado pelos escândalos, e da efêmera Liz Truss, rapidamente destituída depois de provocar pânico financeiro com seus cortes de impostos não financiados.
Esta semana, o nível de confiança do atual primeiro-ministro caiu para o nível mais baixo desde que ele chegou ao governo, com uma opinião desfavorável de 65% dos britânicos, segundo o instituto YouGov.
FONTE: Estado de Minas