Cuba acusa EUA de ser ‘intervencionista’ após publicação de relatório de direitos humanos

21 mar 2023
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Cuba acusou, nesta terça (21), os Estados Unidos de serem "intervencionistas", depois que o relatório anual de direitos humanos de Washington denunciou as condenações a cubanos que participaram nas manifestações de 11 de julho de 2021.

"As calúnias contra Cuba do governo dos EUA em seu relatório de DDHH 2022 são inaceitáveis", disse no Twitter o chanceler cubano, Bruno Rodríguez.

"Com o histórico vergonhoso de violações e abusos aos seus próprios cidadãos deveriam se abster de estigmatizar os outros", acrescentou.

E concluiu: "Tentam em vão disfarçar sua conduta intervencionista".

Na segunda-feira, os Estados Unidos publicaram seu relatório anual sobre direitos humanos, no qual alertaram sobre um contínuo "retrocesso" na proteção das liberdades no mundo, qualificando Cuba como "Estado autoritário".

Tribunais cubanos ditaram "sentenças de prisão draconianas a centenas de pessoas por protestar pelos seus direitos" denunciou o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken.

No informe, Washington constata "inúmeros abusos" na ilha caribenha, como "execuções ilícitas ou arbitrárias", "torturas e tratamentos cruéis" a dissidentes políticos e presos.

Em 11 de julho de 2021, milhares de pessoas em Cuba foram às ruas gritando "Liberdade" e "Temos fome", em um dia de protestos que deixou um morto, dezenas de feridos e mais de 1.300 pessoas presas, segundo a organização de direitos humanos Cubalex, com sede em Miami.

De acordo com a informação oficial, ao menos 490 manifestantes receberam sentença definitiva, alguns até de 25 anos de prisão, enquanto organizações de direitos humanos apontam que dezenas ainda esperam por uma condenação definitiva.

O governo cubano, que denuncia o endurecimento das sanções impostas pelos Estados Unidos à ilha há mais de seis décadas, afirmou que as manifestações de 11 de julho de 2021 foram orquestradas por Washington.

Twitter


FONTE: Estado de Minas


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