Cuidado com o golpe do Imposto de Renda
Fique por dentro de todas as notícias pelo nosso grupo do WhatsApp!
A Receita Federal emitiu uma nota de alerta para mais um golpe cibernético. Os criminosos estão enviando por e-mail comunicados comos se fossem do órgão, tentando convencer os contribuintes a confirmar um falso cadastro para recebimento da restituição do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) referente ao ano de 2022. O governo federal pede atenção à população.
Com a aproximação da data do prazo final para a entrega da declaração do IRPF, 31 de maio, o número de golpes tem crescido. De acordo com a Receita, para dar mais credibilidade, são utilizadas imagens fraudulentas com a logomarca comemorativa da Receita Federal para os 100 anos do Imposto de Renda, além da conta gov.br.
Através de uma mensagem, com um link malicioso para visualização de um falso comprovante de recebimento da restituição, os criminosos informam os dados para recebimento via pix.
O órgão afirma que não há dados sobre o número de pessoas que receberam e-mail falso e sofreram o golpe, mas pede aos contribuintes cuidado com e-mails, usados para a prática do golpe.
A Receita lembra que não envia e-mails ou alerta para os contribuintes com mensagens que possuam algum tipo de link e que os contribuintes devem confirmar as informações nos canais oficiais. "Os alertas enviados pela Receita Federal por e-mail ou mensagem não possuem links de acesso. Todas as informações recebidas devem ser confirmadas diretamente no Portal e-CAC, com acesso seguro por meio da conta gov.br", afirmou o órgão.
Atenção redobrada
A advogada Greycielle Amaral, especialista em Lei Geral de Proteção de Dados, ressalta que é importante que a população tenha um olhar crítico em relação aos e-mails que possam ser suspeitos. "Ainda que você receba um e-mail, não saia clicando em qualquer informação ou link. Se tiver alguma relação com um conteúdo que você está esperando, mantenha contato direto com a instituição, empresa, que está te remetendo aquele e-mail. Temos que estar cada dia mais atentos", destaca a advogada.
Para a especialista, as próprias organizações, tal como a Receita Federal, têm se esforçado para orientar as pessoas a não clicarem em qualquer arquivo. "É recomendado que a pessoa entre no site, com senha, iToken de acesso, para que possamos acessar nossas próprias informações por um meio seguro", pontua Greycielle. "O intuito do golpe é dar a intenção de que aquilo é verdade, então a pessoa tem que ter uma análise crítica", complementa.
Na dúvida, o recomendado é nunca clicar nos links. Como forma de averiguar a informação, o cidadão pode estar tentando entrar em contato direto através dos meios de comunicação oficiais.
Nesses casos, a internet pode ser uma grande aliada na busca de histórico de golpes. Consultar em veículos de notícia, sites institucionais e oficiais sobre a ocorrência de golpes, denúncias de falsos e-mails pode evitar grandes transtornos para os cidadãos.
Segurança no âmbito corporativo
A advogada ressalta que as empresas podem colaborar para uma rede de informação entre os funcionários, para que assim, eles não caiam em golpes e fiquem mais atentos às medidas de proteção.
"Uma das medidas é o próprio treinamento, nas empresas, de modo geral, justamente na tentativa de orientar, para não sair clicando em qualquer e-mail, qualquer mensagem. Existem algumas empresas que fazem esses testes com os funcionários. Mandam um e-mail para o funcionário para ver se ele irá clicar, se ele está passível de golpe. Se vê que o funcionário está passível de golpe, chama ele para um treinamento."
A especialista destaca que ações como essa podem contribuir imensamente para o cotidiano e a proteção de dados de mais pessoas.
O que fazer em caso de golpe?
Como os golpes são diversos, a advogada ressalta que em cada caso é necessário uma análise particular. Caso um cidadão tenha sido vítima desse tipo de golpe, é necessário que ele busque as autoridades responsáveis pela denúncia do ocorrido. Dessa forma, é preciso ir até uma Delegacia Especializada em Crimes Cibernéticos.
FONTE: Estado de Minas