Delegações do governo da Colômbia e do ELN chegam a Caracas para negociações

13 ago 2023
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A delegação da guerrilha do ELN chegou a Caracas, neste domingo (13), para dar continuidade às negociações de paz com o governo da Colômbia, abaladas nos últimos dias por um suposto plano para assassinar o procurador-geral colombiano, Francisco Barbosa.

A "delegação do ELN já está em Caracas para iniciar o IV ciclo da mesa de diálogos", informou a guerrilha de esquerda pela rede social X, antigo Twitter. Membros da organização visitaram o mausoléu do libertador Simón Bolívar para prestar uma homenagem.

Os representantes do governo colombiano, por sua vez, chegaram à capital venezuelana no sábado, segundo Iván Cepeda, membro da mesa de negociações, iniciada em novembro do ano passado, também na Venezuela.

As partes não deram detalhes da agenda desta nova rodada de negociações, embora Cepeda tenha dito em um vídeo exibido por sua equipe de imprensa que este "ciclo vai ser, sem sombra de dúvidas, um novo desenvolvimento, especialmente nos temas de participação e cessar-fogo".

"Esperamos vir ao país com novos acordos que desenvolvam este importante processo de paz", disse no vídeo antes de embarcar no avião rumo a Caracas.

No último ciclo de negociações, realizado em Havana, as partes acordaram um cessar-fogo bilateral de seis meses, que entrou em vigor em 3 de agosto passado.

No mesmo dia, o presidente colombiano, Gustavo Petro, manteve um encontro inédito, em Bogotá, com os líderes das negociações do ELN.

Uma semana depois, os diálogos foram ofuscados por uma denúncia do Ministério Público sobre um suposto plano da guerrilha para assassinar o chefe do MP.

A delegação do ELN negou a denúncia e disse que se tratou de uma sabotagem ao diálogo.

O governo colombiano pediu para esclarecer a denúncia e o próprio chanceler, Álvaro Leyva, aventou que poderia se tratar de uma conspiração contra as negociações.

As Forças Militares investigam seis possíveis violações à trégua por parte do ELN.

A guerrilha se tornou a organização armada de esquerda mais longeva das Américas, depois do desarmamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc, marxistas), em 2017.

O presidente Petro também dialoga com dissidentes das Farc que não depuseram as armas ou as retomaram, e com outros grupos paramilitares e gangues que mantêm suas atividades criminosas.

X


FONTE: Estado de Minas


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