Dezesseis militares foram detidos sob suspeita de envolvimento na execução civis no México
Dezesseis militares foram detidos por supostamente estarem envolvidos na execução de cinco civis no nordeste do México, ocorrida em 18 de maio, informou o Ministério da Defesa em um comunicado neste sábado (10).
Um tribunal militar emitiu ordens de prisão "por supostamente configurar crimes contrários à disciplina militar", e eles foram detidos preventivamente, detalhou a instituição.
As execuções ocorreram em 18 de maio na cidade de Nuevo Laredo, no estado de Tamaulipas, que faz fronteira com os Estados Unidos, de acordo com o jornal espanhol El País e a emissora americana Univision, que divulgaram a gravação de uma câmera de segurança que registrou o caso.
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, cujo governo ampliou as funções militares para diferentes áreas, afirmou na última quarta-feira que esses assassinatos são "casos isolados" e que "quando ocorrem, são punidos".
As imagens divulgadas na última terça mostram inicialmente a violenta colisão de uma caminhonete contra o muro de um supermercado, aparentemente fugindo de uma perseguição.
Pouco depois, chega um veículo militar armado que intencionalmente colide com a caminhonete acidentada.
Os militares descem disparando contra o veículo, para em seguida retirar seus cinco ocupantes, que parecem atordoados pelo impacto. Então chegam mais soldados ao local, alcançando um total de 11.
Um dos soldados chuta e derruba um dos civis no chão, enquanto outro o golpeia. Em seguida, eles são arrastados e colocados contra o muro, onde ficam parcialmente visíveis.
Os soldados, de acordo com o relato da Univision, são vistos golpeando, algemando e vendando os olhos dos detidos.
Em seguida, os militares aparentemente repeliram um ataque com tiros, embora os agressores nunca sejam visíveis no vídeo. Nenhum militar ficou ferido, segundo o relatório oficial.
Ao mesmo tempo, um dos soldados sentado ao lado dos detidos, aparentemente para vigiá-los, começa a disparar contra eles.
FONTE: Estado de Minas