Diogo Nogueira investe no Brasil ‘tipo exportação’ ao agendar ‘USA samba tour’ para setembro
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Diogo Nogueira canta músicas como 'Andança' e 'Primavera' no roteiro do show que fará por oito cidades dos Estados Unidos de 14 a 24 de setembro
Leo Aversa / Divulgação ♪ ANÁLISE – A ida de Diogo Nogueira para os Estados Unidos em setembro, para turnê que o levará a se apresentar em oito cidades norte-americanas ao longo de dez dias, é coerente com a trajetória artística do cantor e compositor carioca no Brasil natal. Apresentado ao mercado fonográfico em 2007 como “o filho galã de João Nogueira”, em registro audiovisual de show que incluía sete sucessos do pai entre as 20 músicas do roteiro, Diogo logo se dissociou da matriz paterna sem jamais disfarçar o orgulho da nobre dinastia – orgulho justificado, pois João Nogueira (1941 – 2000) foi um dos bambas do samba da década de 1970 – e caminhou com as próprias pernas, se escorando na fina estampa enquanto pavimentava obra autoral que atingiu picos de criatividade artística nos álbuns Bossa negra (disco de 2014 gravado e assinado com Hamilton de Holanda) e MunduÊ (2017). Só que, paralelamente, Diogo Nogueira sempre se curvou às imposições do mercado de shows, normalmente refratário a artistas com marcas autorais bem delineadas. O que implicou na realização de shows mais palatáveis, em que o cantor joga para a galera cantando sucessos alheios em ritmo de samba. É esse o tom da anunciada USA samba tour. A intenção é que, no roteiro, tudo acabe em samba. Seja uma toada dos anos 1960 como Andança (Edmundo Souto, Danilo Caymmi e Paulinho Tapajós, 1968), seja um baladão soul do repertório de Tim Maia (1942 – 1998), caso de Primavera (Cassiano e Silvio Roachel, 1970), músicas previstas no roteiro dos shows do cantor em solo norte-americano. Entre sambas como Aquele abraço (Gilberto Gil, 1969) e O meu lugar (Arlindo Cruz e Mauro Diniz, 2006) e os próprios hits autorais mais conhecidos, Diogo Nogueira vem cantando o que o público quer ouvir. E quase ninguém quer ouvir mais músicas inéditas que façam evoluir a obra de um artista. Uma onda de nostalgia invadiu os palcos do Brasil e é nessa onda que o cantor surfa na maré que o levará a se apresentar nos Estados Unidos de 14 a 24 de setembro para comunidades brasileiras residentes em populosas cidades dos Estados Unidos como Chicago, Los Angeles, Nova York e Washington. Esse tipo de show mais genérico. meio karaokê, deu certo no Brasil e, provavelmente, dará certo na USA samba tour de Diogo Nogueira. Até porque, na turnê, esse repertório de sambas e de músicas tornadas sambas soará como o Brasil tipo exportação que alimenta o imaginário do país tropical nos Estados Unidos e no resto do mundo.FONTE: G1 Globo
