Diretor de Titanic mergulhou 33 vezes para fazer filme sobre o naufrágio
James Cameron, o diretor do filme “Titanic”, revelou que já mergulhou 33 vezes para visitar os destroços da embarcação. Além do filme, Cameron lançou um documentário a respeito do naufrágio em 2003, chamado “Fantasmas do abismo”.
Para fazer a pesquisa, Cameron utilizou um navio de pesquisas russo e, depois, dois submersíveis, que os guiaram até os destroços. Procurado pelo canal americano CNN, o cineasta não comentou o desaparecimento do submarino que levava turistas para visitar os destroços do navio nesse domingo (18/6).
Em 2009, Cameron revelou que sua motivação para fazer o filme lançado em 1997 não foi a história de amor e, sim, porque queria mergulhar até o naufrágio. “O Titanic era o Monte Everest dos naufrágios e, como mergulhador, queria fazer isso direito”.
Em entrevista coletiva no início deste ano, o diretor contou que antes de trabalhar com cinema, era mergulhador, o que justifica a paixão pelo oceano.
James trabalhou no Instituto Oceanográfico de Woods Hole – local que ficou famoso pela descoberta e exploração inicial do Titanic. Lá, ele presenciou as descobertas tecnológicas que estavam fazendo para adentrar no oceano. Com esses artefatos, ele conseguiu explorar o interior do navio Titanic.
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Indo além das profundezas do Titanic, Cameron fez dezenas de mergulhos em alto mar desde as filmagens do filme.
Em 2012, o cineasta mergulhou na Fossa das Marianas, considerada um dos pontos mais profundos dos oceanos, a quase 11 quilômetros abaixo da superfície, usando um veículo submersível de 24 pés que projetou, chamado Deepsea Challenger, e levou câmeras para documentar toda a jornada no oeste do Pacífico.
Em um vídeo e ensaio da National Geographic, ele descreveu a experiência: “Fui como um tiro, o mais rápido que já vi. A superfície apenas recuou. Simplesmente foi embora. O submarino está indo como um morcego fora do inferno. Ele ultrapassou a profundidade do Titanic”.
Submersível Titan
A comunicação com o pequeno submersível Titan, com capacidade para cinco pessoas e oxigênio de emergência para 96 horas, foi perdida no domingo (18/6), quase duas horas depois de o equipamento iniciar a descida em direção ao que restou do famoso transatlântico Titanic, a quase 4.000 metros de profundidade e a cerca de 600 quilômetros de Terra Nova, no Atlântico Norte.
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Viajam no submersível o bilionário e aviador britânico Hamish Harding, presidente da empresa de jatos particulares Action Aviation; o empresário paquistanês Shahzada Dawood, vice-presidente do conglomerado Engro, e seu filho Suleman; o mergulhador francês Paul-Henri Nargeolet, e Stockton Rush, CEO da OceanGate Expeditions, a companhia responsável pelo Titan, que cobra US$ 250.000 (aproximadamente R$ 1,2 milhão) por turista.
FONTE: Estado de Minas