Donos de churrascarias presos com tonelada de carne irregular são soltos

07 abr 2023
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A Justiça de Uberaba, no Triângulo Mineiro, determinou a soltura da Penitenciária Professor Aluizo Ignácio de Oliveira, de dois donos de churrascaria da cidade, além de três gerentes das mesmas.
Eles foram presos na última terça-feira (4/4), sob suspeita de armazenar de forma irregular cerca de uma tonelada de carnes. A decisão do juiz plantonista regional Marco Antônio de Oliveira aconteceu um dia após as prisões.
Segundo informações da decisão, algumas restrições foram impostas aos cinco suspeitos para que continuem em liberdade, como, por exemplo, não se ausentar da Comarca, sem autorização judicial.  
O delegado Tiago Cruz Ferreira, responsável pelas investigações, informou que o inquérito policial do caso continua em aberto, sendo que ele será concluído na semana que vem, quando sete fiscais da Vigilância Sanitária da cidade serão indiciados. Eles são suspeitos de alertar, previamente, os empresários sobre os dias das fiscalizações em troca de ‘presentes’, como as carnes comercializadas nos estabelecimentos.
 
6ª fase da Operação Brahman

 

Na última terça-feira (4/4), a Polícia Civil (PC) de Uberaba prendeu proprietários de duas churrascarias da cidade, além de três gerentes, sob suspeita de armazenar de forma irregular cerca de uma tonelada de carnes. A ação policial fez parte da 6ª fase da Operação Brahman, que começou em abril do ano passado e, inicialmente, era voltada para apurar furtos e abatimentos de gado e também comércio irregular de carnes, produtos de crimes ou fora dos prazos de validade, em açougues da cidade.

 

Mas, conforme o delegado Tiago Ferreira, responsável pela Operação Brahman, após desdobramentos das investigações, novos suspeitos foram identificados. “No decorrer da apuração, a Polícia descobriu que sete fiscais da Vigilância Sanitária de Uberaba teriam envolvimentos com empresários da cidade”, complementou.
 
Ainda de acordo com o delegado, os agentes públicos serão indiciados por associação criminosa, corrupção passiva e ativa, falsidade ideológica e prevaricação. 
 
Já os empresários foram indiciados por corrupção ativa e alguns deles por associação criminosa e falsificação ideológica. 
 
Confira nota na íntegra da prefeitura sobre o caso:
 
"A Prefeitura de Uberaba informa que, até o momento, tem conhecimento do envolvimento de três agentes públicos no caso. Um deles teve o contrato rescindido e foi desligado da Prefeitura. Quanto aos outros dois agentes (servidores concursados), o Município instaurou averiguação preliminar e aguarda a conclusão do inquérito pela Polícia Civil para, então, aplicar as medidas disciplinares cabíveis.  Havendo o apontamento de outros servidores no inquérito, as medidas administrativas em face dos novos suspeitos serão tomadas imediatamente".

 

FONTE: Estado de Minas

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